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Queria
que você viesse
devagarinho
pela madrugada,
se deitasse
de mansinho
como uma fada
e depois virasse
a meretriz
do meu sonho vagabundo
e fosse a mulher mais feliz
do mundo...
Queria
que a noite se fizesse canto
do meu coração perdido
e o teu gemido,
sorrindo, mulher,
se transformasse em pranto
de infindo prazer...
Queria
que a luz do teu olhar
se perdesse no meu
e o sonho ao acabar
descesse do céu
para te cobrir e afagar
com um véu
de carícias
de inefável quietude
e saciar
com as delícias
do exilir
da eterna juventude...
Queria,
meu amor,
não minto,
que você fosse
o fruto proibido
do meu corpo faminto
e sedento
para que meu tesão,
saciando teu cio,
pulasse
de alegria dentro de mim
e ajudasse
o meu coração
a chegar ao fim
para conhecer o delírio
da paixão...
Queria
que meu olhar
se pousasse
na tua retina flamejante
e os meus beijos
te esquentassem os desejos
até perder o tino
para que a menina
virasse a amante
do cavaleiro-andante
com o coração de menino...
Queria
ser livre
simplesmente
para realizar
o sonho que vive
a reclamar
pela coragem
que não tive
quando anulei aquela
afrodisíaca viagem
que, de paradisíaca miragem,
virou sequela
( real )
e fantamasgórica dor
da minha mais bela
história de amor...
( virtual...)
Lud MacMartinson / LMMP
Luxemburgo
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