QVO VADIS, PORTUGAL?
Olá,
" era uma vez... " é a expressão consagrada para iniciar um conto de fada, uma fábula ou parábola, quando não é uma história ou uma lenda amaldiçoada.
Portugal era uma terra, que os indígenas transformaram em país e plantaram à beira-mar, porque para eles o Mar não era - nunca foi - uma uma fronteira, mas uma estrada para navegar e um leito para deitar e dar de beber aos sonhos mais medonhos, que a vontade e a estoicidade de um povo sublime fazia realidade, como que por magia, por encanto...
Portugal foi uma legenda, uma sina, uma paixão que o amor transformou em Nação...
Um dia, há muito tempo, Portugal quis ser um desígnio e conseguiu-o, para orgulho e bem da Humanidade, do Mundo a quem deu novos mundos, a quem alargou as fronteiras...
Portugal era e foi orgulho da sua gente pobre, austera, altiva, mas nobre com alma de gigante...
Hoje, Portugal já não é nem a sombra do seu passado, mas um fado amaldiçoado, um povo invertebrado, um país adiado e devastado...
Mais que um nobre arruinado ou um barco naufragado, Portugal é um homem desonrado... e prisioneiro de um passado amaldiçoado.
Para quando um " mea culpa " e o julgamento dos que ousaram saquear a memória, borrar as páginas da História e enganar este País?
Ah justiça, justiça, se fosses incêndio, Portugal seria verdadeiramente um paraíso e não o inferno que é ou se está a transformar...
Era uma vez Portugal...
Agora apetecia-me gritar " requiet in pacem, lusitania, " mas, porque a Fé e a Esperança me obrigam a resistir e a acreditar até ao fim no último verdadeiro Homem do meu país, eu prefiro gritar, mais uma vez - como há 30 anos - QUO VADIS, PORTUGAL ?
Para não crucificar o meu país e para lhe dar algum alento, eu posso perguntar:
Quo Vadis, Europa? Quo Vadis, Mundo ou simplesmente, Quo Vadis, Terra?
Luís
Lud
MacMartinson
2006
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