ENQUANTO HÁ VIDA
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Dizem por aí,
que enquanto há vida, há Esperança,
mas que fazer do amor que perdi
e me deixou a chorar feito criança?
Perdida a vida,
de que me vale esta herança
se a morte a levar de vencida,
nela cravando a última lança?
Dizem tanta coisa por aí,
por inveja ou maldição,
mas esquecem que estou aqui
com uma dor no coração
a tentar manter viva a chama
deste amor de perdição
por quem a alma reclama
e me faz perder a razão
Enquanto houver vida,
sempre haverá Esperança,
para adiar a partida
e restaurar a confiança
que deixou em ferida
este coração criança,
que, amando sem medida
e sofrendo, avança
rumo à suprema guarida
da eterna aliança
Dizem por aí ...
LUD
MacMartinson
QUEM AMA DE VERDADE
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Quem ama de verdade,
até voa
como um duende,
mas não magoa
nem ofende,
perdoa
e compreende,
não parte à toa
nem se rende,
mesmo quando a dor
da separação
se transforma em grito
e o amor
ecoa
aflito
no coração
contrito
Quem ama de verdade,
não destrói
a amizade,
não corrói
a ingenuidade,
mesmo quando,
morrendo de saudade,
o peito dói
Quem ama de verdade
aceita a chama
da saudade,
não reclama
nem perde a dignidade
mesmo quando a lama
parece ser fatalidade
e fonte de infelicidade
Quem ama de verdade
até voa
como um duende,
mas não magoa
nem ofende,
perdoa,
compreende
e não guarda rancor
no coração
mesmo sabendo que é amor
de perdição...
LUD
MacMartinson
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