HIC ET NUNC: AQUI E AGORA
País do Fim do Mundo, onde o tempo não é mais contado...
O Sol castiga o meu alfanje para que a epiderme sinta a responsabilidade da peleja que se aproxima da linha do meu horizonte circular; duvido: no sei se ir pelejar, se ficar à espera que a guerra se apodere do meu peito e me exija maior preito.
Finalmente, levanto-me, estico os braços e espenco a preguiça; respiro fundo, porque pode ser uma das últimas vezes que o faço; estou decido: vou à luta, porque prefiro viver morrendo, que vivendo a morrer !
A Luz sorri-me e aquece o olhar; com a espada corto o azar malfadado pela raíz; a vida fez-me soldado e designou-me para ser feliz aqui e agora - hic et nunc - e bem-aventurado depois, quando a eternidade me pedir que volta ao Éden, esse mundo etéreo donde vim.
Sou guerreiro predestinado, porque filho do espermatozóide primeiro a quem devo ser gerado. Foi ele que do nada me fez tudo o que fui, sou e serei.
A vida é uma luta que me apraz, uma guerra que se faz, uma labuta mordaz onde se encerra, na realidade, a semente da felicidade.
País do Fim do Mundo, tempo de sorrir e de partir para ganhar a vida, porque, imerecida, a morte está sempre certa e à espera que a vida, sem coragem, desista de lutar, se renda e lhe entregue, tal oferenda de vassalagem, o último sofro, como quem oferece todo o ouro do mundo a um bandido...
Eu, Guerreiro da Luz, não tenho tempo para a rendição, estou aqui para vencer e merecer a minha eleição.
In hoc signo vinces, Lucius ! Hic et Nunc !
Lud MacMartinson - LMMP
Luxemburgo
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