When I need you - Celine Dion

Arranjuez Mon Amour - Nana Mouskouri

31.5.07

Virtuamente doente... ( revisto em 31:05:2007)



Olá, Oi...
entrei neste mundo no fim do ano de 2004, no dia que antecedeu o TSUNAMI - maremoto -na Ásia...

Um mês perdido neste labirinto, permitiu-me perceber quase tudo.
Em 11 de junho de 2005, escrevi " Virtualmente doente " - um poema que postei no Cantinho da Poesia... e viria a comover muita gente...


















VIRTUALMENTE DOENTE
____________________


Eu sei que estou mesmo doente
e, talvez, muito provavelmente
já em fase bem terminal
pois sinto que brevelmente
deixarei este mundo virtual,
onde tudo parace tão natural...

Fiquei doente com tanta mentira
e enojado por tanto egoísmo
de gente vulgar que só me atira
com despudorado e sórdido cinísmo
que nada de bom me inspira
e só exacerba o meu ateísmo...

Dementes ficam os meus pensamentos
tão ingénuos, puros e verdadeiros,
devorados como meros condimentos
por corações vís e trapaceiros,
esvaziados dos nobres sentimentos
que no meu coração são os primeiros

Estarei ainda e seguramente viciado
por tanta musa deste mundo virtual
para quem o cibetnético pecado
se tornou demasiado banal
no ecrã deste imundo depravado,
onde impera o instinto animal

Me sinto sobretudo doente
porque jamais poderei realizar
o sonho de tão nobre gente
com quem realmente pude passar
dias e noites em confissão ardente
para a minha febre de amor saciar

Ah! Se eu pudesse acabar
de vez com toda esta hipocrisia
para realmente poder saciar
a intrínseca e ululante endofasia
que me corrói o verbo amar
e me deixa a alma em letargia

Impaciente fica meu coração
nas horas que passa contigo
a dar brado a esta paixão
que de delícia vira castigo
quando não estás em conexão
com este louco e pobre mendigo

Terá esta vida ainda sentido
vivida neste mundo virtual,
que de verdade anda tão despido
e onde o fingimento é vital,
para que se mantenha apetecido
e ântro de um despudorado bacanal?

E porque estou mesmo doente
deixarei este poema inacabado
esperando que mais adiante
alguém lhe venha dar brado,
se comigo seguir em frente,
para não me sentir tão mal-amado


LMP, LUXEMBURGO - 2005
LUD
MacMartinson

O poema foi revisto revisto hoje, 31:05:2007

29.5.07

Hic et Nunc: aqui e agora !



HIC ET NUNC: AQUI E AGORA




País do Fim do Mundo, onde o tempo não é mais contado...

O Sol castiga o meu alfanje para que a epiderme sinta a responsabilidade da peleja que se aproxima da linha do meu horizonte circular; duvido: no sei se ir pelejar, se ficar à espera que a guerra se apodere do meu peito e me exija maior preito.
Finalmente, levanto-me, estico os braços e espenco a preguiça; respiro fundo, porque pode ser uma das últimas vezes que o faço; estou decido: vou à luta, porque prefiro viver morrendo, que vivendo a morrer !

A Luz sorri-me e aquece o olhar; com a espada corto o azar malfadado pela raíz; a vida fez-me soldado e designou-me para ser feliz aqui e agora - hic et nunc - e bem-aventurado depois, quando a eternidade me pedir que volta ao Éden, esse mundo etéreo donde vim.

Sou guerreiro predestinado, porque filho do espermatozóide primeiro a quem devo ser gerado. Foi ele que do nada me fez tudo o que fui, sou e serei.
A vida é uma luta que me apraz, uma guerra que se faz, uma labuta mordaz onde se encerra, na realidade, a semente da felicidade.

País do Fim do Mundo, tempo de sorrir e de partir para ganhar a vida, porque, imerecida, a morte está sempre certa e à espera que a vida, sem coragem, desista de lutar, se renda e lhe entregue, tal oferenda de vassalagem, o último sofro, como quem oferece todo o ouro do mundo a um bandido...

Eu, Guerreiro da Luz, não tenho tempo para a rendição, estou aqui para vencer e merecer a minha eleição.

In hoc signo vinces, Lucius ! Hic et Nunc !


Lud MacMartinson - LMMP
Luxemburgo

A Dignidade da Amizade !!!



A DIGNIDADE DA AMIZADE
______________________



OI...Olá...


estou a escrever-vos com um sorriso nos lábios, depois de um banho perfumado e um café bem negro.

Duas de vocês inspiraram-me esta reflexão, esta confissão cibernética... Quem quiser pode chamar-lhe patética, porque não estou nem aí como diz a Luka - a brasuquinha que canta e encanta... os lobitos das Terras de Vera Cruz.

Afinal o que é a Amizade?
Antes de mais, a amizade é um sentimento " altruista " que nada exige, uma espécie de cumplicidade cósmica que une duas ou mais almas, porque ela não se confina às " metamorfoses " corporais.

A Amizade é como a Fé: ou se tem e se se sente e se cultiva ou não!
A Amizade não é " coisa " de mais ou menos, de assim-assim, de talvez e muito menos dos " ses " que o medo utiliza para se camuflar...

A Amizade é lealdade em todas as circunstâncias, lealdade a sí mesmo, aos seus ideiais e às pessoas com quem se partilham as tais afinidades vitais para a nossa Felicidade aqui...

Amizade é verdade, sinceridade e transparência totais, em todos os momentos dos nossos relacionamentos e das nossas vivências...

A Amizade exige reciprocidade e compreensão, mas deve ser firmeza contra a vil cobardia e a traição da nossa ingenuidade e dos nossos sentimentos...

A Amizade é tanta coisa - poderia escrever um livro maior que a Bíblia e ficar a eternidade e mais um dia a dissertar sobre ela - mas, mais que tudo, a Amizade é a coerência da nossa consciência e acção firme, decidida e constante..., porque a Amizade verdadeira é uma descoberta e uma conquista permanentes...

Quem a considerar como facto consumado ou dado adquirido... nunca amou ou foi amigo de ninguém, nem dele próprio, porque o ser humano vivo nunca é um facto consumado...-, por mais que o destino, Deus ou o fado, muitas vezes implacáveis, mesmo que a susceptibilidade dos nossos estados empíricos ou os nossos estados de alma nos - queiram convencer que tudo já esteja escrito...nas estrelas ou noutro lado qualquer.

O que já está definido é a nossa herança genética, mas a cada um de nós compete com ela escrever as páginas heróicas da sua Salvação ou utilizar esse capital para assinar a nossa certidão de óbito espiritual e auto-excluir-nos da bem-aventurada Eternidade...

É uma questão de FÉ? Claro, tal como a Amizade !

O que eu não posso e jamais permitirei é que " almas " depenadas e contaminadas por tantas " miragens " virtuais venham poluir o ar que respiro e muito menos perverter a minha AMIZADE...

Por isso, quem não se identificar e comungar dos princípios e quem não adoptar as atitudes e os comportamentos inerentes à verdadeira Amizade, pode ir reclicar-se primeiro ou viver como gosta e no mundo artificial onde se apraz... , bem longe da Amizade que eu me orgulho de cultivar e de honrar em todas as circunstâncias...

Para mim, mais que princípios inegociáveis e inalienáveis... esta é uma questão de DIGNIDADE DA MINHA AMIZADE...E DA MINHA FELICIDADE !

E disso não abdicarei nunca, porque se o fizesse seria renegar-me a mim mesmo e assinar a minha condenação Eterna!

Sei que sou louco, mas não tanto...


Até...




ALGUNS CONSELHOS:
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1: Não me peça a minha Amizade, se não me conhece !

2: Não me peça a minha Amizade, se não tem a coragem de mostrar a CARA e ser transparente ou se se esconde por detrás de máscara!

3: Não me peça a minha Amizade, se pensa que vou estar sempre de acordo consigo ou tem medo da Verdade!

4: Não me peça a minha Amizade, de ânimo leve ou para ser gentil!

5: Não me peça a minha Amizade, se tem a consciência pesada ou se vive neste mundo para Parecer!

E mais não digo... O resto você entendeu...,
porque o que é fácil torna-se fútil e inútil e ninguém valoriza o que não mereceu !




Luís MP, Luxemburgo
LUD
MacMartinson

28.5.07

Vem me Amar





Amor, vem me dar a tua mão
e correr comigo pela rua
Vem pegar no meu coração
e ver como eu sou só tua...

Vem me beijar com devocão,
me lamber da cabeça aos pés,
Vem transar com aquele tesão
que me afoga nas tuas marés...

Vem me morder, me possuir
e satisfazer meus caprichos
Vem me curtir sem mentir
e soltar em mim teus bichos...

Vem me amar sem maneiras
e sem o menor complexo,
Vem atravessar as fronteiras
e faz meu corpo perder o nexo...

Vem pegar esta fêmea no cio
e afagar a dor da saudade
Vem te afogar no meu rio
e ser meu mar de felicidade...

LUD
MacMartinson
nb:
poema pedido e inspirado
por uma mulher mal-amada
definhando no antro da solidão
que um dia sentiu paixão
abrir as portas do seu coração...

Irei ver o mar...















IREI VER O MAR
______________


Por ti, meu amor, eu irei ver o mar,
sorrirei à primeira gaivota que passar
e poderei dizer adeus a este mundo,
se este grito continuar gemebundo

Por ti, eu inventarei até uma ilha
para me esconder com a maravilha
que há muito eu guardo em segredo,
porque de a perder tenho tanto medo

Por ti, eu beberei a água salgada
porque quero a alma purificada
para ta entregar de mão-beijada

se o tempo me vier a ser contado
e abreviar logo este meu triste fado
que me me faz sentir tão mal-amado


LUD
MacMarinson

26.5.07

Des vagues à l'âme

DES VAGUES À L'ÂME!



" Je sens que je suis arrivé à la croisé des chemins, à l'heure où un choix s'impose, si je veux pas que mon coeur explose, pour que le bonheur ne soit plus lourd à porte que la croix du crucifié.

Je ne veux plus mon coeur à subir le calvaire de la fidélité! Si le faut je lui rendrai sa liberté, pour que nous puissons nous aimer librement, car il m'est impossible d'aimer en étouffant les désirs ou en se cachant pour pousser des cris et des soupirs interdits. Mais qui a le droit de m'interdire ma vie? Personne ni Dieu! Alors qu'il la reprenne, si elle Lui appartient sinon qu'Il me laisse le choix!

Je me sens tel un proscrit, condamné à porter et à payer pour une faute qu'il n'a jamais commise.

C'est trop lourd d'étouffer son âme et d'éteindre la flamme qui brille dans son coeur et de faire raisonner l'amour: la seule folie qui mérite d'être vécue pour donner une raison et un sens à la vie!

J'aimerais bien savoir pourquoi dois-je accepter une lois qui me prive de ma liberté et m'enlève le libre-arbitre, qui m'empêche de faire un choix et d'en assumer les conséquences? Comment puis-je être jugé et tenu responsable pour quelque chose que je ne maîtrise pas et qui ne me donne pas le choix de revenir en arrière sans subir l'opprobre de la société?

Où est ma Liberté? Où est ma responsabilité?

Obliger quelqu'un à être esclave toute sa vie d'une loi inhumaine est une dictature et cette dictature-là que peux pas l'accepter: je chéri trop la Liberté! "

C'est la lettre d'un inconnu, mais pourrais très bien être mon cri ou le vôtre aussi, car la vie n'est pas toujours un long fleuve tranquille, mais plutôt une mer enragée... qu'il faut traverser sans se faire avaler!


Très amicalement

L.

LUD MacMartinson 2006 LMMP

Quo vadis, Portugal? Quo vadis, Mundo?




QVO VADIS, PORTUGAL?



Olá,

" era uma vez... " é a expressão consagrada para iniciar um conto de fada, uma fábula ou parábola, quando não é uma história ou uma lenda amaldiçoada.

Portugal era uma terra, que os indígenas transformaram em país e plantaram à beira-mar, porque para eles o Mar não era - nunca foi - uma uma fronteira, mas uma estrada para navegar e um leito para deitar e dar de beber aos sonhos mais medonhos, que a vontade e a estoicidade de um povo sublime fazia realidade, como que por magia, por encanto...

Portugal foi uma legenda, uma sina, uma paixão que o amor transformou em Nação...

Um dia, há muito tempo, Portugal quis ser um desígnio e conseguiu-o, para orgulho e bem da Humanidade, do Mundo a quem deu novos mundos, a quem alargou as fronteiras...

Portugal era e foi orgulho da sua gente pobre, austera, altiva, mas nobre com alma de gigante...

Hoje, Portugal já não é nem a sombra do seu passado, mas um fado amaldiçoado, um povo invertebrado, um país adiado e devastado...

Mais que um nobre arruinado ou um barco naufragado, Portugal é um homem desonrado... e prisioneiro de um passado amaldiçoado.

Para quando um " mea culpa " e o julgamento dos que ousaram saquear a memória, borrar as páginas da História e enganar este País?

Ah justiça, justiça, se fosses incêndio, Portugal seria verdadeiramente um paraíso e não o inferno que é ou se está a transformar...

Era uma vez Portugal...

Agora apetecia-me gritar " requiet in pacem, lusitania, " mas, porque a Fé e a Esperança me obrigam a resistir e a acreditar até ao fim no último verdadeiro Homem do meu país, eu prefiro gritar, mais uma vez - como há 30 anos - QUO VADIS, PORTUGAL ?

Para não crucificar o meu país e para lhe dar algum alento, eu posso perguntar:

Quo Vadis, Europa? Quo Vadis, Mundo ou simplesmente, Quo Vadis, Terra?

Luís

Lud
MacMartinson
2006

Rosas do meu jardim & Uma rosa também chora...















ROSAS DO MEU JARDIM
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Olá, Rosas, que comigo privais, este ano sabeis que tendes nomes de mulheres que enchem a minha vida de cor e a cada sorriso ou olhar mais atrevido me fazem fonte de amor...

É com um prazer imenso que eu vos sorrio, vos falo, vos acaricio e vos cheiro..., pensando a todas aquelas que embalam meus sonhos e fazem palpitar o meu coração, ao sabor do desejo e da ilusão...que cada história sempre carrega...

Bem hajam, rosas do meu jardim...

Luís



UMA ROSA TAMBÉM CHORA
______________________


Uma rosa chora
de alegria
e exala o seu perfume
quando vê o amor sorrir,
mas também chora
de queixume
no dia
em que sente
que ele vai partir...

Uma rosa esmorece
crepita
de dor
e morre
de saudade
quando vê que vida
já não corre
e sente que o amor
se compadece
e não acredita
da felicidade

As rosas do meu jardim
sorriem para mim
quando me vêem chegar
e ouvem a minha voz
lhes falar com doçura
e sentem meu coração
exalar a ternura
que faz bailar
o coração

...

incompleto
em construção

LUD
MacMartinson


Lamentos...



LAMENTOS



Meu amor,
perdido neste mundo, não sei mais como te sonhar e como inventar um paraíso para te ver caminhar e sorrir a meu lado.

Longe de ti, os meus dias são escuros como o bréu e, à noite, quando te procuro na solidão, tenho a impressão que jamais chegarei ao primeiro Céu, lá onde se quedam as almas ingénuas…

Eu sei que podem parecer impuros os meus desejos e esta ânsia louca de te segurar nos meus braços e sentir as labaredas te consumir, mas sem ti nada mais tem sentido e a vida é um vazio imenso que aumenta com a saudade...

Ah, se eu pudesse em ti me perder para melhor me encontrar, no dia em que não estiveres mais aqui para me acalmar e para escutar estes lamentos…

Meu amor,

teria tantas coisas para te dizer, mas o melhor é esperar pelo momento em tu as poderás escutar com a doçura que bem conheces, para, vendo a tua epiderme arrepiar-se, eu sentir como rejubilas quando a nossa pueril inocência nos conduz à febril demência por se infiltram as labaredas da paixão que nos consome por completo todo o afecto que durante meses armazenámos em silêncio nos nossos corações…

Meu amor...


LUD
MacMartinson

22.5.07

Sereias



SEREIAS

Quando escuto o canto das sereias,
quase sempre perco o norte
e me enredo num novelo de ideias
que fazem meu coração bater forte

Mesmo não podendo tocar ou vê-las,
meu corpo estremece, se agita
e se veste de gala para acolhê-las
num mar de sonhos onde crepita

a paixão que nem sempre consegue
arder e se consumir totalmente,
para que a chama do amor chegue

a sublimar-se e viver eternamente,
porque, se o canto delas me persegue,
é o silêncio quem me deixa doente

LUD MacMartinson

Uma tentação: penso assim...



UMA TENTAÇÃO:
PENSO ASSIM!



Instantâneamente a lua ficou suave e sinistra. A loucura invadiu-me o corpo até à medula.

Não podia acreditar naquela fantamasgórica visão.

O meu pensamento vacilou.
Caiu!

Apesar de pensar não o ser, fui céptico, num ápice somente, e duvidei do que via, duvidei da minha própria existência. Como pode um ser pensante pensar que pensa em nada e o pensamento se acaba quando a negritude do incógnito começa?!...

A minha filosofia agigantou-se e, de repente, pensei ser o maior vulto pensante do mundo, do universo profundo. 
Mas quê? 
Hoje,eu decidi não acreditar nem na Terra nem na Eternidade e, muito menos na harmonia pré-estabelecida dos astros. Por um tempo, por um tempo apenas, tudo tem um quê que ninguém jamais descobriu ou descobrirá.

A razão de ser ultrapassa as diferenças da cor da raça e da pele. A razão de pensar ultrapassa o porquê da originalidade e da diferênça. 
A razão de amar ultrapassa as fronteiras e os padrões da beleza e dos convencionalismos estereotipados.

A minha explicação pode ser pessimista, optimista, inverosímel ou aceitável, mas nunca por compaixão.

Eu não necessito de um sim ou de um não categórico ou hipotético e muito menos sonso ou patético de ninguém, nem tampouco da clemência dos que nada sentem por nada.

Vivo por mim, primeiro, e sobretudo para mim. 
Os outros em nada diminuem ou acrescentam à minha vida, os outros são nuvens que ora engrossam como se desfazem. 
Os outros!
Pensar que não sou só?
Pensar que devo partilhar algo de mim com os outros?
Não sou comunista nem... afinal de tudo, nada! Simplesmente egoísta? 
Racional? 
Agnóstico? 
Animal? 
E agora?

Pelo menos admito algo que os ditos exclusivista da verdade contestam: a possibilidade do amor, do altruísmo e da verdade nos outros.

Diz-me, sombra amiga, não me sentes? Duvidar do calor que a minha mão dá à tua face é duvidar que eu sou homem e tu ès mulher. 
Oh, mas para quê cogitar no que os outros possam pensar de nós? O nosso mundo não admite mais ninguém, somos assim: um círculo fechado que se sente condenado! Somos assim, simplesmente nós!

Amigos de agora, inimigos de logo? 
Não! 
O sentimento pode mudar, mas o olhar nunca vê e não vê ao mesmo tempo. 

Eu só te vejo a ti, embora por vezes negra, branca e colorida.

Diz, sabes que uma simples frase a preto e branco pode encher de cor a tua vida?

Amo-te!

O que interessa é ver-te a meu lado e saber que não estou condenado a ser egoísta, a ser céptico porque o teu sorriso divino é simplesmente magnético!

Olha, acho que devo deixar de pensar tanto nos mistérios da vida e nos outros e usufruí-la aos poucos... como loucos que sabem o passado pertence à história, o futuro é um mistério, e só o presente é uma dávida que ninguém poderá recusar, se não quiser ser amaldiçoado e condenado ao degredo eterno!

Nada meigo o nosso Deus, Senhor da Terra e dos Céus! Ah! Parece que a minha tentação acabou...


LMP, FIOLHOSO, PORTUGAL - 1974 - Pulsações Clandestinas
LUD MacMartinson - 2006

As folhas da Vida

























AS FOLHAS DA VIDA
_________________



As folhas caídas
e amarelecidas,
que rolam pelo chão
são como as ilusões
perdidas
e esmorecidas
no borralho das paixões,
ou as cinzas enegrecidas
das lavas incandescentes
explidas
das entranhas
de um vulcão...

As folhas da paixão
são desilusão
e frustração,
e as que apodrecem
no coração
padecem
da rejeição
quando não merecem
ser compaixão
porque as coisas
nunca acontecem
sem razão...

As folhas caídas
da minha vida
descolorida
são dor
merecida
da ambição
desmedida
e desiludida
que o tempo
fez ferida
e depois
se encarregou
de desprender
do sonho falido
para merecer
uma nova chance
de ser vivido...

LUD
MacMartinson

Demain...




















Demain,
j’irai nager
dans me le bleu de tes yeux
pour m’y noyer
et être un homme heureux

Demain,
j’irai prier
te déclarer mon amour
pour rester
à tes côtés pour toujours

Demain,
je goûterai
à la fièvre de ton corps
et je te donnerai
un plaisir encore plus fort

Demain,
je m’offrirai
à toi de tout cœur
et je t’apporterai
l’élixir du grand bonheur

Demain,
je me ferai
une toute petite chose
et Je t’embrasserai
en t’offrant une rose

Demain,
j’écouterai,
tes chagrins et tes soupirs
et je boirai
la jouissance de tes désirs

Demain,
je te sourirai
comme un petit enfant
et je caresserai
ton visage et ta main

Demain,
je veux simplement
me perdre dans tes bras
et devenir ton amant
ou tout ce que tu voudras

Demain,
je t’en prie,
laisse-moi t’aimer
car ma vie
je la rêve à tes côtés

Demain,
c'est le jour
de ma renaissance
et de l'amour
la supreme quintescence

Demain,
...


LUD
MacMartinson
2006

Um mundo de ilusões...





NÃO QUERO MAIS ESTE MUNDO DE ILUSÕES...



Oi...

Hoje apetecia-me gritar " não quero mais ", por mim e por outros corações que viveram ou viverão correndo atrás de ilusões e sofrerão decepções, afogando desejos e paixões em lágrimas e ranger de dentes, como se os(as) amantes ou os cavaleiros andantes e as musas que escolheram para cavalgar as suas fantasias, saciar as suas impulsões e os tesões selvagens fossem culpados de tudo...

Nestas ocasiões o melhor é ficar mudo... e esperar que o silêncio e o tempo tudo curem sem rancor.

Não quero mais amores e paixões virtuais, desejos e suspiros superficiais, odores e tesões arficiais, fatalmente banais e naturalmente mortais...

Não quero mais juras e promessas desleais, confissões e lições imorais... caídas de orgias e bacanais... intemporais, puramente animais... Não quero mais perder-me por ideais falaciosos e intemporais..., não quero mais felicidades e sensualidades virtuais...

Não quero mais... para quê gritar e chorar sobre tanto leite derramado ?

Não quero mais é pura mentira que eu diga não quero mais..., depois de uma frustração, porque na verdade a vida sempre quer mais, sempre quer tudo, mesmo sabendo que quer o impossível, o absurdo... e que no fundo o ser o que quer é morrer um pouco mais cada dia, para ter sempre uma razão para renascer e ficar louco e tudo recomeçar de novo...
Não quero mais, sobretudo, passar ao lado da vida, mesmo depois de a dar por perdida ou a sentir esmorecida...
Eu quero ser e viver simplesmente... e conhecer a loucura novamente, e tanto melhor se ela vier com amor..., sensualidade, afectividade, candura e ternura, mesmo sabendo que quando ela se for... poderei ficar mergulhado num oceano de dor... e até sentir remorsos e pensar que foi pecado amar assim e acreditar que é meu fado... ser um eterno apaixonado...


Lud MacMartinson 2006

Quem ama de qualquer maneira...



QUEM AMA DE QUALQUER MANEIRA... NÃO AMA !




J'ai aimé n'importe comment:
je n'ai pas aimé !
Nitya Phenkun
( irmã de Emmanuelle Arsan - Toute Emmanuelle )

Quem ama de qualquer maneira, não ama!

Ela carrega nas entranhas o vazio dos seus desamores, a fraqueza as suas forças, a negridão das orgias coloridas com que quis preencher as suas noites vazias...

Ela quis saciar taras, manias, desejos e caprichos , mas quanto mais se enche de conquistas baratas e abstratas mais se despeja e esvazia, mais a libido ardeja e fareja faminta...

Ela, volúvel, incrível, insaciável, inconsequente faz de cada macho um amante, uma presa, que devora cruamente sobre a mesa das suas fantasias, para melhor assombrar os seus dias penosos, desejosos e mirabolantes...

Ela insua-se, oferece-se, dá-se, entrega-se em sacrifício aos olhares predadores; ela sangra-lhes a virilidade como quem abre uma torneira e consome-lhes o desejo e o prazer como quem traga um copo de vinho novo, meio mosto, com aquele amargor estampado no rosto...

Ela pensa renascer em cada conquista e alimentar a fome de homem cru que carrega em seu corpo nu, mas a sensualidade é mordaz e a frugalidade fugaz, e no fim do banquete nada mais lhe apraz, porque amando ou desfrutando assim da vida, ela não ama nem vive: come e consome apenas uma droga que a enche de fome... e, lhe enchendo as entranhas, lhe esvazia a alma...

Inconsciência? Demência? Eloquência?

Não sei, parece que ela que usa e abusa da indecência para melhor se vingar da infância...
Pobre mulher, quanto mais enriquece o rol dos seus amantes, mais empobrece, deixando o coração pior que dantes...

Quem ama de qualquer maneira, não ama,
porque o que o corpo quer nunca é o que a alma reclama...


Lud MacMartinson - 2006