SOFREGUIDÃO II
Encerro nas entranhas
as lavas frias da paixão
e de frustações tamanhas
que até me dói o coração...
Do amor já perdi a medida,
o cheiro, o tato e o gosto,
Agora vivo a minha vida,
carregando este desgosto,
que a razão me faz perder,
quando a saudade aperta
para que eu possa sofrer
e me sentir ilha deserta...
Queria conhecer alguém
para consumir o prazer
que o corpo puro retém
para com amor oferecer...
As noites agora passo,
perdida no mundo virtual,
onde sublimo o fracasso
e a sofreguidão visceral,
mas nada vale o toque
e a magia de um beijo
que alma trás a reboque
quando renasce o desejo
Guardo no meu coração
os amores por quem vivi
e conheci a doce ilusão,
mas por quem mais sofri...
Agora abandonada e só,
ao fado peço clemência,
que o destino tenha dó
e me sacie esta carência,
fonte de tristeza e dor,
porque não quero morrer
sem resgatar o amor
que me faz sentir Mulher !
LUD
MacMartinson
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