Ninguém me ama
ninguém me quer
ninguém me faz
sentir mulher
ninguém me chama
de meu Amor
Ninguém me aclama
com ardor
Ninguém me inflama
e o meu prazer
na cama
impotente jaz
carpindo a dor
Ninguém me espera
em nenhum lugar
ninguém me paquera
e quer
me provocar
mesmo a quimera
me abandonou
no altar
e deixou
de ser
o motor
do meu amor
Ninguém escuta
com atenção
a luta
do meu coração
ninguém mais crê
no meu olhar
ninguém vê
que a paixão
quer entrar
em ebulição,
se ninguém vier
assim vou morrer
Ninguém deseja
que na cama
eu seja
a chama
que ardeja
reluzente
Ninguém aspira
ser meu amante
ninguém me atira
para o pecado
ninguém suspira
ficar a meu lado
Ninguém me fala
com emoção
ninguém me embala
o coração
ninguém me canta
uma canção
ninguém me espanta
a solidão
Ninguém me ama
ninguém me quer
ninguém me faz
sentir mulher
Ninguém aceita
os meus beijos
ninguém deleita
os meus desejos
ninguém aceita
os ensejos
ninguém me ajeita
com tesão
e desta feita
sinto que a vida
é o meu amor
de perdição
Ninguém sente
nada por mim
ninguém me mente
ninguém abusa
ninguém me usa
por prazer
e, de repente,
tão confusa
e tão carente,
é irrevelante
ser Presente,
meio ou fim
Ninguém quer
o meu corpo
de mulher
ninguém faz
de mim
um horto
ou um jardim
de prazer
Ninguém presta
atenção
só me resta
a desilusão
Ninguém está
quando preciso
ninguém me dá
o paraíso
ninguém chora
comigo
ninguém me dá
abrigo
ninguém me adora
ninguém me castiga
ninguém me obriga
ou manda embora
Ninguém tem
carinho
ninguém vem
de mansinho
ninguém me excita
com desdém
ou sofreguidão
ninguém é refém
desta paixão
que ainda crepita
e onde palpita
o coração de alguém
Ninguém
...
Lud MacMartinson / LMMP
Luxemburgo
3 comentários:
Como sempre, magnífico. Um beijo.
Lindíssomo, Lud!!
Beijo.
Margarida
Olá, Margarida !
Quanto tempo desaparecida...
Seja bem-vinda!
Bjs
Lud
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