Uma andorinha exausta e ferida
veio pousar no meu ombro
para tentar tirar a sua vida
bem lá do fundo do escombro
Cansada por tão longa viagem
pediu-me um copo de água,
mas depois ganhou coragem
e começou a carpir a sua mágoa
Escutando-a com ternura,
encantei-me pelo seu olhar
e, nadando um mar de ternura,
nele me deixei naufragar
A andorinha começou a sorrir
e a contar-me o seu segredo
para que eu pudesse sentir
a razão de tamanho medo
Afagado por tão doce ternura,
quis dar-lhe beijo com fervor
e começar ali uma aventura
de uma bela história de Amor
E, esvoaçando a sua graça
num límpido e terno sorriso,
ela confia no tempo que passa
para me fazer perder o juizo
Não sei se é destino meu
prosseguir viagem com ela,
pois já escrito está no Céu
o que eu serei para a bela
Andorinha, faz a Primavera
renascer no meu coração,
bate as asas e deixa a quimera
voar para os braços da paixão
Lud MacMartinson / LMMP
Luxemburgo
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