Longe ou perto, agora sei,
Que o deserto atravessarei
E, se preciso for, beberei
O fel da saudade e da dor
Para poder saciar o ardor
Que sinto com o teu amor
Quem me dera poder ficar
Na tua órbita para te olhar
E tua alma acompanhar
Pelos caminhos da vida
Para poder sarar a ferida
Quando te sentires perdida
Talvez seja meu destino
Te sorrir como um menino
E te sonhar como o felino
Que vai adorando a beleza
E, se enamorado pela presa,
A guarda como sobremesa
Longe ou perto, talvez,
Precisarei de muita sensatez
Para dominar a intrepidez
Que sinto quando te vejo
E saciar o indómito desejo
Que néctar se faz num beijo
Queria tanto poder te adorar
E os teus cabelos amaciar
Ao adormecer e ao acordar,
Mas não será essa a sina
Da mulher meiga e divina
Que domando vai a felina…
LUD MacMartinson - LMP - Luxemburgo
14-11-2008 * 21H00
2 comentários:
A sua poesia anda me passando uma impressão interessante...em que estágio do tempo vc está?.....vivendo de passado ou tentando refazer o seu amanhã....a impressão que tenho é que vives a tentar voltar no tempo para agires de modo diferente e fazer o hoje diferente do que está sendo...isso não é possível e sabes disso, então porque choras o leite derramado....uma pessoa tão especial como vc não pode se dar ao luxo de parar no tempo para chorar uma quimera...quem veio para fazer a diferença e as mudanças tem que cumprir seu fado como dizes e mudar as coisas que precisam ser mudadas, apesar de muitas vezes elas não serem o que gostarias que fosse, seja o instrumento do poder superior que te deu a capacidade de traduzir em palavras o que a maioria precisa dizer e não sabe se expressar......coragem amigo....passado foi....futuro vc está escrevendo hoje......escreva com fé e esperança muitos dependem de suas palavras para fazerem de suas vidas um mundo melhor e mais feliz......o comprometimento existe, não adianta tentar fugir,fé e fôrça vc é capaz de ressurgir das cinzas de uma desilusão em prol de muitos que sedentos bebem na fonte de suas palavras........
Olá, misteriosa... ainda bem que não ficou indiferente, mas eu vivo o Presente, que é feito de emoções, de ilusões, de recordações e de muitas tentações.
Nem sempre ressuscitar o passado é chorar sobre o " leite derramado ", porque é próprio do sonhador e do apaixonado nunca se contentar de um " presente " contaminado, muitas vezes por futilidades da própria imaginação para vencer as vissicitudes da própria vida. Além disso, cada ser humano é diferente e possui os seus mecanismos para atravessar os desertos que conduzem ao paraíso movediço e inconstante que rege os sonhos de cada época da sua vida.
Obrigado pelo comentário e volte sempre, mas se for ao http://lud2411.multiply.com descobrirá outros poemas de outras épocas e de outros estados de alma mais deprimentes ou eufóricos que me trouxeram até aqui. Também não esqueça que o " poeta " é um exagerado, por isso dê-lhe o desconto, quando lhe parecer tonto o que ele escreveu - rsrsrs! -porque, muitas vezes, é no inferno que ele planta o Céu para ter a sensação de dificuldade que dá mais quilate à sua felicidade.
Até
Lud
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