PRAZER LACRADO
Ele enfunado caminha em plena natureza,
sonhando com os beijos que não lhe deu !
Ela se faz a mais bela e doce princesa
para toda se oferecer em sacrifício plebeu !
Beijos e abraços se fundem em osmose,
como o côncavo e o convexo em sinfonia,
esquecendo de vez a compostura e a pose,
tão ingente sulfuroso o fogo se consumia !
Quanta sofreguidão e quão insano prazer,
nas suas entranhas religiosamente lacrado!
Quanto desejo submisso ao medo sagrado,
que muito os dilacerou e mais os fez sofrer,
como se adorar e saciar o corpo sagrado
proibido fosse para quem vive atormentado !
Lud MacMartinson
LMMP
Luxemburgo, 03-09-2019
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