When I need you - Celine Dion

Arranjuez Mon Amour - Nana Mouskouri

31.12.08

Loucuras de Amor


Meus olhos penetram os teus
para melhor poder te devorar, 
saciando os desejos plebeus,
antes de todinha me entregar !

A fome abrasa-me as entranhas 
e faz-me conhecer a alucinação 
no meio de convulsões tamanhas 
que se prostam em adoração !

A tua pele suavemente bebo 
ao rítmo ululante do teu pulsar 
e com os meus lábios escrevo 
as conjugações do verbo amar !

Ao teu tronco nu me abraço 
e sacio a insana sofreguidão 
que me incendeia o regaço 
com o fogo louco da paixão !

Na minha boca a tua língua 
Se perde em íntima viagem, 
deixando a morrer à míngua 
a libido que presta vassalagem,

aos beijos doces e melados,
excitando e enchendo de tesão 
os nossos corpos endiabrados, 
antes de entrarem em ebulição !

Minhas mãos deslizam leves
Pelo teu peito até a virilidade, 
a minha boca vê como ferves 
e, excitado, roças a insanidade !

Teus dedos roçam-me os seios 
e a tua boca os deixam erectos 
a rogar que os meus anseios 
saciem os teus desejos predilectos !

Com os lábios exploras a fenda
Que o olhar deixa desvairado,
Adorando-me como a prenda 
antes da libido soltar o brado !

O meu escravo fiel te sentes,
E dócil à tua dama te entregas, 
para que os corpos dementes 
se fundam ao fim das refregas,

que a estas fantasias dão vida 
e ao amor traído o sustento 
para que a minha alma ferida 
nesta loucura encontre alento



Lud MacMartinson / LMMP
Luxemburgo

30.12.08

Seduza-me pela última vez...



SEDUZA-ME PELA ÚLTIMA VEZ !


O vento cruel da desgraça sopra sobre mim
por favor, seduza-me antes de chegar ao fim!
Esqueça os meus ciúmes e esta raiva feroz,

seduza-me e, por piedade, seja o meu algoz..

Não sei onde eu errei e porque nao te quis,
mas agora pouco importa o que eu não fiz...
Vá, seduza-me, use-me e destrua logo tudo
o que me possa recordar este amor absurdo!

Já verocifera dentro de mim a cruel saudade
do amor que me deu com tanta intensidade
e que este ciúme demente aniquilou sem razão
me deixando só a morrer na insana sofreguidão

Por favor, venha, se vingue e de novo me perdoe
por tudo o que eu não entendi e se quiser magoe
este coração mal-amado, porque eu não mereço
a triste sina onde me amofino e por amor padeço

Seduza-me pela útima vez, me mate e jogue fora
porque foi isso o que eu te pedi naquela hora
em que o seu carinho me fez sentir tão amada
mas eu, de tudo querer possuir, fiquei sem nada

e como uma alma depenada por aqui me arrasto,
sem saber onde ir, porque sei o meu amor gasto
e sem vontade do resto do caminho prosseguir
porque, te perdendo, ninguém mais quero seduzir...

Agora sei que pela vida esta mágoa arrastarei
e jamais terei por quem um dia eu tanto suspirei,
mas, se tiver que padecer, oxalá queira o destino
que comigo possa sofrer e morrer o maior cretino...


Lud MacMartinson / LMMP
 Luxemburgo



28.12.08

Felonia de Amor






















Hoje quero vestir-me de luto

e no mar afogar a tristeza
para que no corpo devoluto
sirva de sepultura à beleza

que com amor eu te ofereci, 
mas só desprezo me deste,
por isso estou agora aqui
para to devolver, cafageste!

Não me peças mais nada
e esquece que eu fui tua,
que o perdão seja a espada
e o teu caixão o meio da rua

para que ninguém esqueça
o traste que pisa e despreza,
porque não há quem mereça
da felonia de amor ser a presa


Lud MacMartinson - LMP - Luxemburgo

Remorso



Meus lábios rejeitaste
minha boca ignoraste
depois de me iludir
Meu corpo possuiste,
mas depois fugiste
para não assumir
A pureza manchaste
a ternura despresaste
como um vilão
Gozar apenas quiseste
e nunca percebeste
o meu coração

Por ti me sacrifiquei
de principios abdiquei
só para te amar,
mas tu me usaste
e nem saboreaste
o meu doce néctar...

Minh'alma vagueia
de amargura cheia
por ter agido assim
Só me resta a certeza
que a divina realeza 
terá pena de mim...



Lud MacMartinson
LMMP -Luxemburgo

26.12.08

Fidelidade





















A alma carrego triste e amargurada,
tão profunda e dilacerante é a dor
O meu corpo já não serve para nada,
pois mais ninguém me enche de amor

Cheia de nojo me sinto quando vejo
que os homens me querem possuir
e para eles não passo de um desejo
que o instinto animal faz ressurgir

De muito carinho e ternura preciso
para de corpo e alma eu me entregar
a quem, amor me dando, faça o juizo
perder a razão sem se envergonhar

Eu sei que o tempo passa e não volta
e que a beleza, como a flor, murchará,
mas prefiro sofrer a demência à solta
porque, por capricho, ninguém me terá

A vida fria aos poucos sinto definhar
e a esperança num grande amor já perdi,
mas, enquanto Deus aqui me guardar,
fiel serei ao ensinamento que dele recebi

Só amarei quem um coração puro tiver
e no meu olhar triste a candura descobrir,
para que, me sentindo realmente Mulher,
a fonte do prazer em mim possa se reabrir


Lud MacMartinson / LMP
Luxemburgo

Paixão Insana

























Passam as horas, os minutos também,
mas a saudade de você é o Presente
e não me deixa ser de mais ninguém,
porque só de você me sei dependente !

Tentei novos amores, aventuras virtuais
e a fantasmas cheguei a me amarrar,
mas nenhuma mulher sufocou os ais
que o meu coração não pára de soltar !

Há quatro anos que perdido me vejo,
milhares de noites te procurei em vão,
mas agora já não sei se o meu desejo
sentirá de novo o fogo louco da paixão !

Neste mundo momentos divinos passei
e por mulheres sublimes me apaixonei,
mas nenhuma matou de verdade a fome
deste louco que na saudade se consome !

Os dias passam e as noites também,
mas a esperança de te encontrar fica,
porque o coraço se apraz em ser refém
de uma paixão que a razão não explica !


Lud MacMartinson - LMMP - Luxemburgo

25.12.08

Degredo... de Amor enjeitado


















Sem nada nasci, sem nada quero partir,
de viver me esqueci, quando quis morrer,
mas, enquanto estiver aqui, hei-de sorrir
para que ninguém veja que estou a sofrer !

Privilegiado me sinto e predilecto me sei,
meu coração vive faminto do que sonhei,
quando a vida quis definhar na saudade
porque ser infeliz parecia ser a fatalidade !

Como um louco sigo só a minha estrada,
pelos cantos deste mundo semeio ilusão
e, como quem já sabe a sua sina traçada,
resignado me entrego à doce alienação !

Sem saber porquê, me julgo predestinado
a abrigar todas as mulheres no meu peito,
porque prefiro sofrer e me sentir rejeitado
que vê-las tristes e de coração desfeito !

Muitas vezes nem sei porque sou assim,
nem porque me apraz viver no passado,
como se a saudade tivesse feito de mim
o degredo do amor que nasceu enjeitado !




Lud MacMartinson - LMP
Luxemburgo

Musa de Poeta - ao Carlos DdA e a todos os poetas do Mundo

24.12.08

Doce pecado

Pintei as unhas de ouro
e as sobrancelhas esmerei
para um dia ser o tesouro
do homem que eu sonhei

A boca sequiosa guardei
para quando ele chegar,
pois nos meus lábios terei
o mais requintado néctar

Meu rosto sereno espera
a hora do nosso himeneu
para realizar a quimera
que me fará entrar no Céu

Serena aguardo a vinda
do meu noivo encantado
cheia de ternura infinda
pra ser o seu doce pecado

Lud MacMartinson - LMP - Luxemburgo

Volúpia

Vem, amor, beija-me o pescoço
e da minha alma o perfume cheira,
o meu corpo entra em alvoroço
quando te pressinto à minha beira...

Meus seios acaricia com ternura
e os meus poros lambe também,
enxuga-me a vulva com doçura
e nela o teu alfange deixa refém

Os teus lábios na minha boca cola,
a tua língua dócil à minha oferece
para sentires o desejo que cresce

enquanto a libido volúvel se imola
no fogo ardente que só esmorece,
quando a minha fome desaparece...


Lud macMartinson - LMP - Luxemburgo

21.12.08

Endofasia



Na minha endofasia te falo em surdina
para que ninguém saiba deste amor
que, de noite vindo visitar esta menina,
ao seu amado se entrega com fervor

Nos teus versos encontro a ousadia
que o meu corpo ressequido precisa
para arrancar de vez a cínica letargia
que a minha libido sufoca e inferniza

Quantas horas em branco passadas
em devaneios profanos e atrevidos
e quantas cenas sensuais e ousadas
para exorcizar a ditadura dos sentidos

Na minha insanidade sou mulher fatal,
musa, Cinderela, sereia ou meretriz
que se deleita em ser anja e for do mal
para, à loucura te levando, te fazer feliz

Há uma eternidade que eu te espero
de passado limpo e de vestes despojada,
para pertencer ao homem leal e sincero
e para sempre por ele me sentir amada…



Lud MacMartinson - LUXEMBURGO, 21-XII-2008

Abandono

19.12.08

Só tua





















http://www.youtube.com/watch?v=NHO4aReFkNM


OI AMIGA 
hoje levantei-me cedo e como ninguém mexeu comigo... 
comecei a " ouvir " vozes 
de " damas " à procura de algozes... 

Vá, poeta, não gozes... 
porque às vezes são atrozes... 
e fazem mais barulho que nozes... 
as danadinhas ferozes... 


Ai credo... 
Cruzes! 
Muitas preferem enfiar a cabeça na areia 
como as avestruzes... 
e depois ela fica cheia 
e até vêem luzes...
mas estrelas
e pensa que são delas...

Ops... Irreverente ou demente? Não, carente e impaciente..., talvez... 
Não, pirei de vez certamente... 

HUMOR É UMA FORMA DE AMOR, sabia? 
Não? Há é por isso que sofre do coração...

o kih-LUD-eh
deseja-lhe um 
MARAVILHOSO FIM-DE-SEMANA !

Lud

Desatino

Cheia de Amor

17.12.08

Lupanar Virtual


Foi nesta alameda virtual
que por acaso eu te cruzei
e no teu corpo sensual
de imediato me amarrei !

Meu coração bateu apressado
ao descobrir essa maravilha
e hoje, quer o meu fado,
que à noite sejas a doce ilha !

Onde me apraz descansar
e saborear o fruto proibido
que o meu desejo faz delirar

e me deixa louco e perdido
no meio deste virtual lupanar,
onde quase tudo é permitido !


Lud MacMartinson - LMMP
Luxemburgo

Pecado Sagrado

16.12.08

Abraço de Amizade

Amigo porque me abandonaste
e de mim afastaste a felicidade?
Só te pedi carinho quanto baste
num abraço de terna amizade

Rosas vermelhas numa jarra
me fariam sorrir de verdade
e me libertariam desta amarra
para te amar pela eternidade

No meu olhar reluz a alegria
que renasce no meu coração
pois a tua presença me extasia

e o corpo me enche de afeiçao,
quando sinto a doce alquimia
me reacender o fogo da paixão
ou
a minha vida encher de ilusão


Lud MacMartinson - LMP
Luxemburgo

14.12.08

Amor Bandido

AMOR BANDIDO



Quando a noite vem
E você se aproxima
Sinto ir mais além
Porque você me azucrina
E me faz ser quem
Te ama e te fascina...

Perdido nos teus braços
Não vejo o tempo passar
Atando nossos laços
Conjugamos o verbo amar
Com beijos e abraços
Até o amor jorrar...

Percorrendo seus traços
Viajo nas nossas fantasias
Como sombra dos passos
Que persigo e me extasia
Para sublimar os cansaços
Até ao raiar do dia...

Desejo morrer de prazer
A desfrutar este amor bandido
Que por muito me querer
Se tornou mais enaltecido
Para que o pudesse comer
E saborear como fruto proibido...

Perdidamente apaixonada
Me encontro neste amor
Para seguir a minha estrada
Com todo o meu ardor
Não temo ser condenada
Por te amar com despudor...


Lud MacMartinson / LMMP


Amor Bandido



O sol se pôs
E logo em seguida
Vem o amor entre nós dois.
São horas de carinho
No nosso pequeno ninho.

Temos que aprender e entender
Que não podemos se opor
Desse nosso amor.
Ele é rasgado, suado,
Sofrido e vivido

Ele é pisado, maltratado
Cansado e partido.
É simplesmente o nosso amor ...
O nosso amor bandido.

Ah! quem me dera...
Que o tempo parasse...
E que a gente se amasse novamente,
Mas é pedir demais.
Eu queria tanto que você voltasse
E que me abraçasse,
Mas você... não volta atrás

Ah! Meu amor...
Como eu queria que você me beijasse,
Me acariciasse e que me desejasse,
Mas de você...
Nunca mais...
O nosso amor bandido...
Foi dividido.



Valéria Gail
( nb: dueto escrito em 2006 para a fundação do
ENGENHO D'ARTE )

Por vezes...



















Por vezes, apetece-me rasgar os meus versos
e não deixar nenhum rasto desta passagem
para, melhor me perdendo noutros universos,
manter esta minha'alma sequiosa em viagem
a guerrear com os diabinhos mais perversos
que dia e noite me vão testando a coragem...

Por vezes, queria fugir para o fim do mundo
e por áridos desertos caminhar sem destino
para soltar este pesadelo cruel e gemebundo
que, me roendo de saudade, me deixa cretino,
quando o amor, acordando de um coma profundo,
exige que tudo abandone e volte a ser menino...

Por vezes, eu sinto que sou um privilegiado,
outros tenho a sensação de já ter vivido,
quando à alma se prende um corpo condenado
que, farto de sofrer por um amor proibido,
definhando vai para, liberto desse pecado,
ao éden retornar para cumprir o seu fado...

Por vezes, eu desejo que a morte venha logo
e carregue de vez os sentimentos que vivi,
quando no meu coração foram lenha e fogo
da paixão incauta e cega com que me iludi
Por vezes, réu me julgo e o calvário rogo
porque de mim não quero que fique nada aqui...

Por vezes, eu penso que nasci com defeito
tão sonhador, insasiável e impaciente sou,
outras creio que jamais ficarei satisfeito
e viverei faminto sem saber para onde vou,
porque a chama que se consume no meu peito
me parece que é fogo que o diabo enjeitou...


Por vezes...

Lud MacMartinson - LMP - Luxemburgo

12.12.08

Doce tentação



















O medo cerca-me e aperta-me a garganta 
e até a sofreguidão verocifera insatisfeita, 
no meu corpo a febre do tesão já é tanta 
que talvez a paixão não me deixe satisfeita 

Queria que o destino me desse a chance 
de te possuir até perder o discernimento, 
para que a plenitude do amor se alcance 
com a alma em perfeito entendimento... 

Tenho a certeza que um abraço não basta 
para saciar este desejo que em mim cresce 
e, a cada dia que passa, para ti se arrasta, 
porque só tu podes entender esta prece...

Vem me possuir e me amar com ternura, 
me saciar e matar de vez a indómita fome 
que a tumescência transforma em loucura, 
quando alguém pronuncia o teu nome... 

Se visses como trago o coração apertado, 
há muito que meu corpo libertado terias 
porque, como o teu, se sente mal-amado 
e na solidão e na saudade passa os dias...

A Esperança veio murmurar-me baixinho 
palavras de fazer o tino e a compostura, 
tão langoroso se cola em mim o carinho 
que a minha alma encherá de ternura... 

No dia em que uma noite não for bastante 
para consumir de vez a cruel sofreguidão 
que, assim me deixando frustrada e carente, 
me roga que dócil me entregue à tentação..



Lud MacMartinson / LMMP
Luxemburgo

Sonhadora





























Na noite refugio a minha alma 
para melhor esconder a solidão, 
colhendo a luz que me acalma 
e de amor inunda o meu coração 

Quando a saudade me aperta, 
sorrio e levanto os olhos ao Céu 
porque sei a felicidade certa 
para quem é sonhadora como eu 

Tantas vezes pela paixão ferida, 
porém nunca perdi a Fé no Amor 
que, alimentando a minha vida, 

me faz ir além da própria dor, 
se a Esperança se dá por vencida 
para testar realmente o meu valor



Lud MacMartinson - LMP
Luxemburgo