IRREVERÊNCIAS
Se um poeta irreverente só seu fosse um dia,
e lhe exorcizasse os caprichos e os devaneios,
que na alma lhe despertam a sagrada alquimia,
talvez o fogo a redimisse dos medos e receios
que no seu coração ingénuo vivem atrofiados,
como se os desejos de amor fossem pecados !
Se o acaso ou força do destino só seu me fizer,
juro que lhe darei o melhor de mim com prazer !
Se o corpo é sagrado, porque morada de Deus,
nunca será proíbido ter sentimentos plebeus
e nele dar abrigo ao amor puro que nos liberta
e nos faz entrar em transe no Reino dos Céus,
sempre que a paixão consome os desvios ateus,
quando a vida se sente perdida em ilha deserta !
Lud MacMartinson
LMMP
Luxemburgo, 18-08-2019
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