Carrego comigo a indiferênça e a desilusão
dos amores por quem vivi e a quem me dei
Agora, que vivo carpindo a dor da solidão,
já não sei mais quem sou nem quem serei
No meu olhar vítreo se espelha a ausência
Do fogo abrasador da tórrida paixão
Que ainda me faz morrer de impaciência
Quando o amor vem abalar o meu coração
Neste mundo insano sigo só e insegura,
Submissa à ditadura do meu triste fado
E, porque para os erros meus não há cura,
prisioneira me sinto do meu passado
Pelos pecados meus, quis a fortuna injusta
Me abandonar corpo e alma à minha sorte,
me obrigando a saldar à minha custa
todos os meus desmandos até à morte...
Lud MacMartinson - LMMP
Luxemburgo
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