When I need you - Celine Dion

Arranjuez Mon Amour - Nana Mouskouri

29.2.08

Fada das minhas noites





















Fada das minhas noites te tornaste
antes mesmo de te vir a conhecer
tantas vezes em mim te infiltraste
invadindo o meu corpo sem querer.

Muito mais mulher comigo tu serias
amada como um dia pudeste imaginar
e nos meus braços enfim viverias
uma paixão para tua alma purificar,

Longe daqui estás, mas a distância
nunca foi, é e será nada para quem
quer sentir e viver com a demência
que nos faz sonhar e ir mais além,

Um dia, se o nosso destino quiser,
te amarei por uma noite, de fugida,
e te mostrarei a fonte do prazer
que sacia os amores da minha vida,

Fada do meu eterno encantamento,
do meu desejo és a labareda acesa,
quando ao de leve o sentimento
faz de ti, mulher, a minha dócil presa,

Quantas vezes te sonho acordado
e vejo nas tuas retinas flamejantes
o ardor do teu coração apaixonado,
onde ecoam os devaneios delirantes,
...


Lud MacMartinson - LMMP
Luxemburgo

28.2.08

Quero...























Quero beijar a febre do calor do teu regaço
e ouvir tua voz murmurar baixinho com fervor
Quero cair lânguido no fragor do teu cansaço
a implorar sempre mais e muito mais amor...

Quero sentir teu coração explodir em meu peito
a pedir perdão e compaixão por tanta leviandade
Quero bafejar o ardor da tua nudez em meu leito
e beber a excitação do teu amor em liberdade...

Quero desvendar o mistério desse olhar ferido
a vaguear nas marés deste pensament libertino
Quero saciar a sede ardente no licor da tua libido
e âncorar os meus lábios no teu busto tão divino...

Quero fenecer exangue na doçura dos teus cabelos
e respirar o aroma erótico do teu fruto em flor
Quero viver à sombra desses jeitos tão singelos
e colher a felicidade nos jardins do teu amor...

Quero depôr nas tuas mãos este coração em ferida
por favor, não o prives do teu carinho ou compaixão
por ti ele viveu errante, tal peregrino sem guarida,
e chorou tantas lágrimas de desespero e de solidão!




LMMP, Luxemburgo - 14-02-1980
Lud MacMartinson

26.2.08

Vem...


Vem,
me pega
me carrega
e me rega
com o teu tesão...
Vem,
sossega
e esfrega
esta sofreguidão...

Vem,
me apanha
me arranha
me amanha
no teu peito...
Vem,
me assanha
com manha
bem ao teu jeito...

Vem,
me adora
me implora
me devora
com ardor...
Vem,
me namora
e não vá embora
sem o meu amor...

Vem,
me acaricia
me extasia
e me inebria
a alma errante...
Vem,
domar esta folia
com a ousadia
de um amante...

Vem,
me afaga
me rasga
com a adaga
do teu prazer...
Vem,
indaga
e me alaga
até morrer...

Vem,
fazer
o amor
acontecer...



Lud MacMartinson - LMMP - Luxemburgo

24.2.08

A minha autobiografia - Mon autobiographie


Mon Autobiographie (* )

Lorsque, le 25 avril 1974, mon pays, le Portugal, retrouva la Liberté, je crus que, après le bac, la fac ne serait qu'une formalité pour moi. En rêvant, je me voyais l'avocat que j'ai toujours voulu être ! Hélas, le destin…, aidé par les marxistes, en a décidé autrement, fermant sine die les universités du pays.

Puis, las d'attendre, en janvier 1976, je me suis décidé à quitter mon village de Fiolhoso, dans le nord, et à traverser l' Europe pour rendre visite à mon père, émigré au Grand Duché de Luxembourg, car de l'argent pour la fac j'en aurais besoin, le jour où les portes de l'université me seraient ouvertes, mais je ne suis plus rentré chez moi .

Ici, pour survivre et nourrir mes rêves, j'ai été, successivement, garçon, ouvrier, employé privé, agent immobilier, enseignant et chômeur, avant de, pour sortir du chômage, m'établir à mon compte. Comme passe-temps j'ai eu le football, la photo, la vidéo et la radio, tout en cultivant en secret la grande passion de ma vie : l'écriture !

Après avoir participé à des concours de poésie, tout jeune lycéen, j'ai écrit mon premier mon premier roman à vingt-deux ans. Puis, les aléas de la vie m'ont fait oublier les muses, jusqu'au jour où, en m'achetant un ordinateur, j'ai voulu corriger les manuscrits que j'avais écris et enfouis au plus profond des tiroirs. Aveuglée par le néant, l'inspiration, que je croyais morte, ou partie à tout jamais, a quitté soudainement l'hibernation léthargique, où elle semblait plongée, et, tel un vulcain endormi, fit jaillir de mes neurones ce bouquin, écrit en dix-neuf jours. Chez moi, sagittaire idéaliste, la vie c'est comme çà : des défis et des rêves…, toujours sur la lame du rasoir…

Je dédie ce roman à mes enfants, à mon épouse, à mon ami Carlos Filipe du Timor Oriental, ainsi qu'à celles et à ceux que, par le monde, oeuvrent pour que les inégalités, la faim, les préjugés et la guerre soient bannis de la face de la Terre.

Luís Macedo Martins Pereira


(*) 

Escrita para a apresentação de " La Force du destin " , por ocasião do Salão do Livro, no Festival da Cultura e da Emigração, realizado no Hall Victor Hugo, Luxemburgo, de 18 a 21 de Março de 2001, onde tive o privilégio de o oferecer a Suas Altezas Reais o Grão Duque Henri e a Grã Duquesa Maria Teresa de Luxembourg.



A minha autobiografia ( * )

Em 1976, cansado de esperar pela abertura da faculdade, que os marxistas haviam trancado a sete chaves dois anos antes, decidi vir ver como o meu pai, emigrante desde 1969, ganhava os francos com que me pagava os estudos, na Escola Salesiana do Estoril.

Vim por curiosidade, mas acabei por ficar. E já lá vão 25 anos!

Numa geração realizei muitos sonhos impossíveis, mas conheci também a dor amarga da Saudade e, de adiamento em conformismo, vi o meu sonho de criança esvair-se nas brumas da ilusão, antes de cair irremediavelmente nas masmorras da virtualidade.

Jurista nunca cheguei a ser, mas muito me honram as inúmeras causas que advoguei, sobretudo as que perdi para defender a minha íntima convicção, neste meu itinerário pelo Grão Ducado do Luxemburgo.

Aqui, fui, realmente, estudante, operário, fotógrafo, locutor de rádio, professor ou agente imobiliário, e, muito naturalmente, escritor..., porque isso comecei a sê-lo nos bancos da escola da minha terra natal, Fiolhoso, uma aldeia do concelho de Murça, onde nasci há 46 anos.

Este romance dedico-o aos meus filhos e à minha esposa, a musa que muito me inspira, ao Carlos Filipe, meu Nobel amigo de Timor Lorosae, e a todas as pessoas que, pelo mundo, fazem rimar quotidianamente a Felicidade com a Solidariedade e a Fraternidade.

LMMP -  Luís Macedo Martins Pereira 
LUXEMBURGO - Lud MacMartinson

Escravo do Amor

ESCLAVE DE L'AMOUR
Escravo do Amor - titre original ) - Trame:

Comme son peuple esclave, il se croyait, lui aussi, un ilote amorphe, decortiqué, moribond, mais source de poésie, et un jour d'Éte, lorsque l'inspiration assiègeait son coeur brisé, GIOLA est venue déranger sa solitude.
Comme elle était belle, Giola! Dans son sillage, elle lui apportait l'espoir d'un grand amour, d'un amour immaculé, pur, un amour bien pétri et délirant, un AMOUR... comme il le voyait dans ses rêves fous, prisionnier de sa timité, mais le DESTIN en avait décidé autrement...

Et les demoiselles apparurent aussitôt avec leurs idées libertines, bourgeoisement décadantes, pour le catapulter dans les bras du sensuel libertinage, celui que sa poésie bouillonnait dans ses veines hurlantes...
Les sommets de la passion avaient semé la confusion dans son esprit audacieux et aveuglé son innocence errant. Puis, le liberalisme, qu'il avait silensieusement tant désiré dans la solitude du mysticisme hérétique, lui endormit la peau et l'érotisme lui narcotisa la raison.
Et le charme de CHANTAL, la petite française, offusca très vite la virginité de GIOLA. Pour en finir, il a payé de l'arrogance du ministre et l'abîme, si asphixiant déjà, brisa irrémédiablement leur amour avec l'apparition de VIKA, la viking blonde, personnification de l'amour sans tabous.
...
De retour à son vilage natal, oh le retour! , l'adorable sensualité se fannerait et avec elle son coeur athée.
Au milieu de l'aridité montagnarde, là, où Liberté rimait exclusivement avec abbé et sacré, le temps, le météore que tout assainit et engloutit, le temps!, le temps serait son bourreau, le justicier de son péché.
Hélas, le DESTIN naquit avec lui..., il ne lui restait que le courage de l'accomplir... IMPÉRIEUSEMENT !






LMP - Luís Macedo M.Pereira - Luxemburgo
Lud MacMartinson

Ad litteram


Olá
" ad litteram " é uma expressão latina que quer dizer palavra por palavra - à letra! Ad litteram se constrói o universo onde se fundem os enredos e os mundos das personagens que dão vida às histórias que a mente arranca do nada.

Foi a pensar nos romances que guardo no fundo da gaveta ou no disco duro do computador, que decidi criar este novo blog. Assim será mais fácil, para quem quiser perder-se nos labirintos romanescos que fui engendrando ao longo dos anos, de encontrar o fio do pensamento que me norteia e faz viver a minha vida em permanente maré-cheia.
Ad litteram, letra por letra, palavra por palavra, para que nunca a morte tenha poder para reduzir a cinzas os sonhos de amor que, muitas vezes, vivi e escrevi.

Que a Força do Sonho e do Amor esteja convosco para sempre.

Um beijo e / ou um abraço.


Luís

LMMP - Luís Macedo Martins Pereira / Lud MacMartinson
LUXEMBURGO

Ansiedade

Amor no coração



















Valentim me faz e quer o mundo,
mas de um mendigo não passo,
quando este coração gemebundo
me suplica o calor do teu regaço

Querido, tu és força do Amor
que no meu peito se faz fonte
para saciar a tristeza e a dor, 
quando me perco no horizonte

O meu olhar sempre espelhará
a luz estrelada da tua retina
que na minh’alma brilhará
até ser chegada a hora divina

Vem descansar no meu peito
e sentir o calor do meu abraço
Vem perder-te no meu leito
e fazer-me morrer de cansaço

Neste dia ao amor consagrado,
quero ser todinho e só teu
e faça o destino que a teu lado
esteja quando eu entrar no Céu

Meu para sempre serás, Valentim,
quer o destino queira ou não,
porque se um dia saíres de mim
contigo levarás o meu coração…


Lud MacMartinson - LMMP
Luxemburgo

Sei da sua vida...


























Sei da sua vida
sei da sua paz
sei da paixão
que a traz perdida
por aquele rapaz...
Sei do seu amor
sei do desejo
sei da ansiedade
de lhe dar um beijo
para afagar a dor
que a faz morrer de verdade...
Sei dessa ferida
que traz escondida
e lhe faz sangrar o coração...
Sei do segredo
que tenta esconder
para esconjurar o medo
que a faz sofrer...
Sei do seu olhar
sei que o seu coração
não consegue controlar
essa paixão
que lhe faz perder a noção
do tempo e do espaço
lhe causa embaraço
e a faz corar
só de pensar
naquele abraço
que vai lhe dar ao te beijar...
Sei, quase tudo, 
mas que importa eu saber
se você continua a sofrer?


Lud MacMartinson
LMMP - Luxemburgo

21.2.08

Inventa-me um beijo...






































INVENTA-ME UM BEIJO 
by Lud MacMartinson 

Inventa-me um beijo 
que mate a saudade 
e faça este desejo 
viver pela eternidade 

Inventa-me um ai 
para dar voz à dor 
que no peito se esvai 
com o meu amor 

Inventa-me um som 
que me diga tudo 
e me devolva o tom 
até do absurdo 

Inventa-me uma razão 
pura e transcendental 
para que a tentação 
não me seja fatal 

Inventa-me um sorriso 
mágico e divino 
que me roube o juizo 
e me deixe sem tino 

Inventa-me um abraço 
que por fale mim 
e faça este cansaço 
chegar ao fim 

Inventa-me um mar 
tenebroso e arrepiante 
onde possa afogar 
a minh’alma demente 

Inventa-me um degredo 
para o meu coração 
carpir em segredo 
as mágoas da ilusão 

Inventa-me um mundo 
onde possa realizar 
apenas num segundo 
o que me faz delirar 

Inventa-me um amor 
para ocupar o coração 
e expulsar de vez a dor 
e a hedionda solidão 

Inventa-me um lugar 
para viver em paz 
e assim poder te amar 
do jeito que me apraz 

Inventa-me um olhar 
doce e envolvente 
que consiga saciar 
este corpo carente 

Inventa-me uma paixão 
louca e atrevida 
que tenha o condão 
de mudar a minha vida 

Inventa-me uma dor 
que mude a saudade 
e faça o meu amor 
se apaixonar de verdade... 

Inventa-me um dia 
sem hora marcada 
que eternize a alegria 
de me sentir tão amada... 

Inventa-me um jeito 
unico de te pertencer 
e sentir no meu peito 
o orgulho de ser mulher 

Inventa-me uma estação 
sem Outono nem Inverno 
para que o meu coração 
nunca conheça o inferno 

Inventa-me um sorriso 
ingénuo e contagiante 
que faça do Paraíso 
um eterno Presente 

Inventa-me o que quiseres 
para viveres feliz 
e pra todas as Mulheres 
seres simplesmente Luis...


Lud MacMatinson - LMMP
Luxemburgo


19.2.08

Essência do Tempo



















Sopra no meu corpo uma brisa suave
Precursora de paz para aninhar o amor
Que do peito se desprende como a ave
E feliz pelo firmamento voa sem pavor.

Sei que a vida a decidir me obrigará
para mudar e lhe dar um novo rumo
Que à verdadeira felicidade me levará
E dignamente a fará alcançar o prumo.

Quero viver uma paixão avassaladora
para amadurecer e conhecer o prazer
que faça voar a minha alma sonhadora,

pelos confins do infinito, onde o ser,
não sentindo o peso cruel da demora,
esquece até o próprio tempo de morrer.


Lud MacMartinson - LMMP
Luxemburgo

15.2.08

Analgésicos


















Quando me sinto em sobressalto,
abro o peito e corro para o mar,
e, fitando as nuvens lá no alto,
peço à brisa que me venha afagar

Enciumado, o Sol me aquece logo,
fazendo a minha alma se acalmar
O meu corpo sente o calor do fogo 
que a Esperança faz germinar

Quando a noite cai, à Lua confesso
angústicas e segredos com pudor
e, virando o coração do avesso,

a Deus peço analgésico para a dor
e para o desânimo onde esmoreço,
quando banida me julgo do Amor


Lud MacMartinson

13.2.08

Valentina, meu Amor !


Oi amiga...


amanhã ( na europa ) - como em todo o dia 14 de Fevereiro - celebra-se o S. Valentim, patrono dos Namorados...
Espero que você sinta o Amor do seu Valentim num beijo, num ramo de flores ou num sorriso,
se não for " cear " em " tête-à-tête " à luz da vela, antes de ir fazer a digestão ao cinema...

A todas desejo um dia feliz, harmonioso... e pleno de Amor !!!





























VALENTINA, MEU AMOR


Amor, você é a Valentina
que me faz sorrir e viajar
por esse corpo de menina
onde me apraz repousar

quando a vida me azucrina
e a alma começa a duvidar
que você foi a dádiva divina
que Deus me deu para amar

Queria ser apenas o Valentim
que o teu coração adora
e poder continuar assim

quando a vida for embora,
porque você será, para mim,
eterna e única, linda senhora !


Lud McMartinson - LMMP
Luxemburgo

Amar até perder o juízo

Sonhos Traídos

11.2.08

Malfadada








































Carrego comigo a indiferênça e a desilusão 
dos amores por quem vivi e a quem me dei 
Agora, que vivo carpindo a dor da solidão, 
já não sei mais quem sou nem quem serei 

No meu olhar vítreo se espelha a ausência 
Do fogo abrasador da tórrida paixão 
Que ainda me faz morrer de impaciência 
Quando o amor vem abalar o meu coração 

Neste mundo insano sigo só e insegura, 
Submissa à ditadura do meu triste fado 
E, porque para os erros meus não há cura, 
prisioneira me sinto do meu passado 

Pelos pecados meus, quis a fortuna injusta 
Me abandonar corpo e alma à minha sorte, 
me obrigando a saldar à minha custa 
todos os meus desmandos até à morte...


Lud MacMartinson - LMMP
Luxemburgo

Solidão

Por ti... alma errante

Mulher e Homem Transparentes...



















Eu sei que só amarei realmente uma mulher transparente

porque só com ela conhecerei aquele delírio incandescente
que, consumindo o corpo e a alma até à raiz,
fará de mim um homem feliz...

Eu sei que só me darei visceralmente à Mulher transparente...
e com ela conhecerei fatalmente o prazer estonteante
que, abrindo as portas do meu coração,
conhecerá o clímax da paixão...

mas enquanto não a encontrar
só me resta aqui me quedar
e o meu pranto secar
com a doce ilusão
que ela vai chegar
quando já não aguentar
a iníqua solidão
e desespero ameaçar
cortar o fio da razão
que ao sonho dá vida e cor
e me faz acreditar no amor...

Eu sei que só poderei amar
uma Mulher transparente
e por ela aceitarei ficar
eternamente dependente...

Ai que dor que eu sinto
por não poder saciar
este amor faminto
que me obriga a caminhar
no meu próprio labirinto
Por vezes começo a duvidar
se é verdade ou se minto
a mim mesmo e aceito
viver assim
porque no meu peito
a paixão jamais terá fim...




Lud MacMartinson - LMMP
Luxemburgo