When I need you - Celine Dion

Arranjuez Mon Amour - Nana Mouskouri

12.6.07

Quando estou apaixonado...

























QUANDO ESTOU APAIXONADO
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hoje é Dia dos Namorados no Brasil e
porque sabe muito bem estar apaixonado,
aqui vos deixo esta confissão...


Quando estou apaixonado
não vejo o tempo passar,
não há presente nem passado
porque no meu verbo amar
só o amor puro é desejado
e o meu coração faz palpitar

Quando estou apaixonado
não conheço as fronteiras
do sagrado e do pecado
porque de todas as maneiras
eu prefiro viver censurado
e assumir as minhas asneiras
que morrer mal-amado

Quando estou apaixonado
nada mais tem maior preço
que o sorriso iluminado
no coração de quem mereço
um olhar meigo e melado
onde me deito e amanheço

Quando estou apaixonado
até chego perder a razão
e vivo a vida alucinado
no mundo sem dimensão,
onde só o amor é conjugado
e consumido até à exaustão

Quando estou apaixonado,
sou anjo, demónio, menino
traquina, irreverente, safado,
e solto as garras do felino
que em mim vive enjaulado
para melhor iludir o divino

Quando estou apaixonado
sinto que tenho asas para voar
ou viajar no céu estrelado
e até as brasas posso pisar
porque me sei condenado
a viver para servir e amar








LUD
MacMartinson

1 comentário:

Anónimo disse...

Lud este foi o e-mail
Chega de saudade !!!!!
Tenho saudade de ser acordada, toda manhã, pelo barulho do trânsito na movimentada rua lá de baixo. Tenho saudade das buzinas, das calçadas irregulares do Pelourinho, da feira livre da Água de Menino. Tenho saudade de cada curva, cada pedacinho de asfalto, por onde sempre andei. Tenho saudade do meu bairro. Tenho saudade daquela pão quase doce, quase salgado, da padaria da esquina. Tenho saudade das empadas de carne seca com catupiry, da esfiha fechada de carne, do churrasco de Picanha, da barraca de produtos exotéricos. Tenho saudade do meu restaurante vegetariano favorito, das lojinhas recheadas com coisas adoráveis e do Chicabon.
Tenho saudade de descer as Avenidas do Shoping Barra olhando as vitrines e, já bem lá embaixo, escolher um sanduíche . Tenho saudade de comer pipoca borrachuda de carrinho com molho de pimenta e muito sal. Tenho saudade de acordar cedo de sábado (para não pegar o calor) e ir bater pernas na cidade. Tenho saudade do dogão, do guaraná Antarctica meio quente e do pastel de queijo. Tenho saudade de conhecer as ruas e saber exatamente para onde vou e como faço para chegar lá. Tenho saudade do dinheiro colorido e das moedas que não servem para nada. Tenho saudade de ouvir o toque simultâneo dos 100 despertadores que o camelô tenta vender.
Tenho saudade de entrar em um supermercado e saber onde estão os produtos de que gosto. Tenho saudade dos produtos de que gosto. Tenho saudade da gôndola cheia de bolacha que não seja cookie ou Oreo. Tenho saudade de produtos de limpeza com cheiro que não seja laranja ou citrus. Tenho saudade de saber onde tem um chaveiro, um sapateiro, um cabeleireiro de confiança . Tenho saudade de estacionamentos onde deixar o carro sem perder uma hora e meia para encontrar vaga na rua. Tenho saudade do R$ antes do preço. Tenho saudade de restaurantes que fiquem abertos depois das 10 da noite. Tenho saudade dos santinhos de Santo Expedito ao lado do caixa.
Tenho saudade da porção de mandioca frita na cesta em cima da mesa de ferro frio escrito “Brahma”. Tenho saudade de gente falando alto . Tenho saudade de postos de gasolina com frentistas, de garçons que entregam a conta só quando você pede, saudades de vendedoras que ficam seguindo você pelo estabelecimento como se fossem uma sombra (ok, não tenho saudade disso). Tenho saudade de ligar a tevê e não assistir a 30 comerciais de remédios seguidos, mais 20 de planos de saúde e 15 de seguro de carro. Tenho saudade de ouvir a música do Jornal Nacional e saber que está na hora da janta. Tenho saudade de pizza sem carnes estranhas.
Tenho saudade da grata surpresa que é encontrar beleza na cidade feia. Tenho saudade de não precisar tomar banho fervendo para aplacar o frio do banheiro. Tenho saudade de olhar a vista dos prédios. Tenho saudade das lojas populares de produtos de beleza, com aqueles frascos gigantes de condicionador colorido, bacia cheia de esmalte Colorama e várias opções de absorventes. Tenho saudade de ler a caixa do Sucrilhos em português e não me confundir com datas que colocam mês na frente do dia. Tenho saudade de olhar bancas de jornal com postais amarelados da Lagoa do Abaeté, das Ruas do Pelô, do Carnaval da Bahia com seus trios de gente bonita e animada .
Tenho saudade de saber me expressar como eu quero e de escolher termos obscuros em uma língua rica.
Tenho saudade de não precisar discar 7 números a mais para ligar para casa. Tenho saudade dos rostos dos meus amigos. Tenho saudade de não ter aparatos eletrônicos mediando conversas e confidências. Tenho saudade de comentar sobre os programas e sobre os seriados com alguém que também viu. Tenho saudade do tempo em que eu conseguia viver sem MSN, Yahoo Messenger e Skype. Tenho saudade de usar as centenas de roupas de verão que lotam minha cômoda, e não a única e mesma blusa de sempre. Tenho saudade de usar minhas Melissas sem ficar com frio no pé. Tenho saudade do carro da pamonha, das frutas brasileiras,do azul do mar, do acarajé, da àgua de côco,da manga, do milho verde da carne de sol com pirão de leite e dos arrumadinhos.
Tenho saudade de saber qual é o número do meu manequim e quanto eu calço. Tenho saudade de comprar sutiã sem precisar dizer uma numeração que mais parece um lance de batalha naval. Tenho saudade das noites quentes, do Cruzeiro do Sul e do perfume de dama da noite. Tenho saudade de abrir o jornal e ler as fofocas políticas. Tenho saudade de receber ligações de amigos dizendo “tô passando aí”. Tenho saudade da casa cheia de gente. Tenho saudade do milkshake de Ovomaltine, do cappuccino, dos pães recheados, do sonho de valsa.
Tenho saudades de folhear a revistinha da Mônica.
Tenho saudade dos flamboyants, dos ipês e das araucárias. Tenho saudade de comprar flores que só têm perfume aí.
Tenho saudade de feriado prolongado quase todo mês e da cidade vazia quando isso acontece. Tenho saudade de ter uma resposta de mais de trinta segundos para a pergunta “e aí, o que você fez de novo hoje?”. Tenho saudade da sensação indescritível que é chegar em casa depois de enfrentar o forte calor da rua e tomar banho quase gelado . Tenho saudade de ouvir português em todo canto. Tenho saudade do apartamento de paredes claras que não é mais meu lar.
Tenho saudade dos filhos, dos netos, das noras,das tias,sobrinhos,cunhados,das amigas,das comadres e afilhados, do cachorro,gato e papagaio. Tenho saudades das músicas brasileiras.Tenho saudade de estar presente. Tenho saudade da vida que eu deixei para trás.
E que não volta mais!
Dilene Maia
Mataró Barcelona
04 de julho de 2007