When I need you - Celine Dion

Arranjuez Mon Amour - Nana Mouskouri

31.5.06

Refém



Taciturno e desesperado me aborreço,
recordando os momentos de paixão,
por vezes até nem sei porque padeço
e me enredo nas garras da solidão...

O meu corpo o teu deseja loucamente
e a minha alma te quer como ninguém
por ti ele viveu peregrino errrante
e, sofrendo por amor, foi mais além

da paixão, da saudade, da loucura
e quase deixou na ilusória aventura
o corpo dilacerado e a alma ressequida...

Do inferno virtual voltando renascido
e do triste fado para sempre redimido,
com amor te ofereço a minha vida...



Lud
MacMartinson
2006

22.5.06

Pudera eu ser


Pudera eu ser o brilho do teu olhar
E o trilho por onde te apraz caminhar
Pudera eu ser o teu fio de Esperança
E o rio que no teu mar encontra a bonança...

Pudera eu ser os olhos da tua paixão
e os sonhos que te fazem perder a razão
Pudera eu ser simplesmente o teu ar
para à tua vida a minha entregar...

Pudera eu ser o escravo dos teus passos
e sofrer o martírio dos teus abraços
para melhor sentir a dor da felicidade...

Pudera eu ser o génio da lâmpada vital
e ter o condão de te livrar do mal
para te ver respirar o amor em Liberdade...


Lud
MacMartinson
2006

19.5.06

Amor e sedução


Havia no seu olhar doce um orgulho
feito de candura, amor e sedução
apenas perturbada pelo ténue barulho
dos brados que saíam do seu coração

Esbelta no seu vestido cor de bréu
que um lenço branco dissipava
para contentamento e fascínio meu
ela sorria e o meu coração beijava

Cabelos negros pelo vento ondulados
e os lábios finos pintados a preceito
para o jogo da sedução preparados
que fazia o amor jorrar do peito

em cada troca de olhares contidos
que me faziam pecar por defeito
para disfarsar os desejos reprimidos
que para se soltar pediam um leito

Bela de deixar a alma desconcertada
e de me enlouquecer os sentidos
Deus guarde assim a minha amada
e me faça esquecer os anos perdidos !

Lud
MacMartinson
2006

18.5.06

Sedutora


Deitado sobre a almofada
e pelo palpitar embalado
imagino a minha amada
vestida da cor do pecado

Olhar penetrante e sedutor,
sensualidade arrebatadora
serpenteando o despudor
e a fome de uma predadora

A língua que me arrepia
num ardente boca-a-boca
a mão que tenta e desafia
a tumescência a sair da toca

Meu Deus, ninguém diria
que ela poderia ficar assim
e o seu poder de fogo faria
a loucura se apoderar de mim



Lud McMartinson - LMMP
Luxemburgo
2006

17.5.06

Bataille d'amour



Si je devrais m’en aller un jour
je voudrais que tu sois près de moi
pour te léguer tout mon amour,
mes rêves inachevés et ma foi

Je n’ai pas demandé à mon cœur
de se faire des soucis pour toi,
ni de s’affoler ou se faire peur
en te voyant partir loin de moi

Que pourrais-je faire pour moi alors
pour que cela n’arrive jamais ?
Baisser les bras et attendre la mort ?

Je ne pourrais pas vivre en paix,
en acceptant qu’un coup du sort
me prenne la femme que j’aimais

MacMartinson

2006

12.5.06

Amor Vitalício


Os meus olhos se perderam nos teus
logo naquele momento em que te vi
e muito chorei ao pensar no adeus,
no dia em que pensei que te perdi

A minha alma vageou desesperada
pelos infernos deste mundo cruel,
mas nunca se sentiu só e depenada,
mesmo quando tragava o amargo fel

do medo, do desepero e da solidão
com que ia alimentando a esperança
de um dia te entregar este coração
puro e inocente como de uma criança

que inconsciente corre atràs da ilusão
porque em ti deposita toda a confiança
para se perder nos braços da paixão
pois só contigo se sente em segurança

Quando descobri a luz do teu olhar
uma estrela cintilou no meu coração
e o seu calor em mim fez despontar
este amor que à minha vida dá razão

Lud MacMartinson
2006

10.5.06

Me ame, senhora !







Por vezes sinto-me culpado
de te amar e de te desejar assim
e sei que estou condenado
a afogar o amor dentro de mim

Só, passo o dia angustiado
a pedir que a noite chegue logo
para purgar o meu pecado
e arder no meu próprio fogo

Arrebatado no sonho prossigo
minha aventura encantadora
e mesmo sem saber lhe digo:

Me pegue, me ame, senhora,
e no seu coração dê abrigo
ao amor que pelo seu implora

Lud
MacMartinson
2006

Queixume




Prostrado e abatido me deito
quando não ouço a tua voz
o grito do silêncio ecoa no peito
e o amor é o meu próprio algoz

Quem me dera viver mil anos
para os meus erros emendar
e, combatendo os enganos,
meu sangue por ela derramar

Só e perdido pelo mundo sigo
e arrasto este meu queixume
que o ímpio fado fez castigo

para que, limpo do vil ciúme,
o coração ao amor dê abrigo
e nele a vida exale o perfume


MacMartinson
2006
LUD

7.5.06

ESperarei a eternidade ( repassando )



Como um anjo,
eu te esperarei
uma eternidade,
morrerei e renascerei
se preciso for
para que a divindade
abençoe o nosso amor...

Como um homem,
eu sofrerei
a ditadura do destino
e suportarei
o cinismo da sociedade
para que esta paixão
possa viver em Liberdade...

Como um guerreiro,
por ti darei
a propria vida
e te defenderei
contra tudo e contra todos
até que o mundo e a lei
nos deixe amar de todos os modos...

Como um sonhador,
jamais perderei
a esperança, te darei
todo o meu amor
e te esperarei
na alegria e na dor...

Por ti, serei
o lamento da saudade
e morrerei
de verdade,
se preciso for,
porque tu és quem
me fará ir além
de mim
e do amor
para conhecer o fim
onde a felicidade
renasce
para o enlace
com a eternidade...

MacMartinson

1.5.06

Verdadeiro Amor


Quantos anos terei que esperar
para me entregar por inteiro?
Deverei eu primeiro naufragar
e perder-me como um romeiro?

Cada dia que passo aqui tão só
é uma etapa do meu calvário
que já a mais ninguém mete dó
porque faz parte deste fadário

Queria ter o poder de abreviar
este tempo e matar a saudade
que o meu coração faz palpitar
de dor e assombra a felicidade

que com amor continuo a guardar
para te dar no calor da intimidade,
se o destino não decidir obstar
e impedir o sonho de ser realidade

É nas horas perdidas à tua espera
que a minha alma se enriquece
e de mil cores se veste a quimera,
antes de dormir envolto em prece

Os teus lábios soltam um grito
que o silêncio abafa e anestesia
para que o teu peito contrito
para sempre palpite de alegria

De olhos bem abertos na escuridão
te acaricio e te beijo com fervor,
sorrio e te ofereço o meu coração
para colheres o verdadeiro amor


MacMartinson
2006