SAUDADE
DILACERANTE
Ai quanto remorso sentirei da vida,
que não vivi por medo da sociedade,
e de paixões ardentes e sem medida,
que nunca passaram da virtualidade,
mas que mantiveram rejuvenescida
a chama do desejo e da saciedade,
quando a alma, se julgando perdida,
implorava pelo advento da eternidade !
Amores, que guardarei em segredo,
sonhos, que nunca serão realidade,
momentos de contagiosa felicidade,
que o coração manterá no degredo
onde jazem os gritos da insanidade
que dilacera quando vem a saudade !
Lud MacMartinson - LMMP
Luxemburgo, 05-12-2021
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