Quantas vezes me deito desesperado,
apalpando o lençol e soltando um grito,
mórbido me toco e cometo o pecado
de te envolver no meu tédio aflito...
E as horas, desfilando no meu olhar,
acabam por me vencer de cansaço
e em meteórica viagem me largar
rumo ao doce abrigo do teu regaço...
O desespero sublimado se dissipa
e a alma peregrina logo reconforta
e, por vezes, até a noite se antecipa
e até a Esperança quase morta
das brumas da memória ressuscita
para deixar o amor à minha porta...
Lud MacMartinson - 2006 - LMMP - Luxemburgo
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