FUNESTA PANDEMIA
Feliz era antes desta funesta pandemia,
Agora agonizada vivo e sem alegria,
Traumatizada pela infame desgraça,
Ignominiosa traição da vida que passa !
Não sei quando chegará a minha hora,
Hoje, talvez, eu decida ir-me embora,
Aflita e tão desnorteada me sinto e sei,
Refém de fantasmas que não sonhei !
Em Deus creio, mas já me falta a Fé,
Resignada ao meu fado resisto de pé,
Enquanto a morte assombra o Presente.
Indomável e tão poderosa me julgava,
Onde fosse, o que quisesse, eu adorava
a vida viver sem limites e intensamente!
Lud MacMartinson
LMMP
Luxemburgo, 31-07-2020