When I need you - Celine Dion

Arranjuez Mon Amour - Nana Mouskouri

25.4.08

Há palavras...





















Há palavras que choram 
no silêncio de um olhar 
quando os suspiros imploram 
para na mágoa se afogar... 

Há palavras que matam 
a Esperança de um amor 
quando os sonhos se desatam 
e perdem o seu fulgor... 

Há palavras que iludem 
os incautos corações 
quando as paixões se fundem 
em penosas frustrações... 

Há palavras que falam 
com a ternura da verdade, 
quando as almas se abalam 
com fulgor da felicidade... 

Há palavras que suspiram 
e se fazem o eco da solidão 
dos sentimentos que caíram 
na primeira tentação... 

Há palavras que se esquivam 
e preferem morrer mudas 
nos espíritos onde arquivam 
as desilusões mais absurdas... 

Há palavras que ferem 
como espadas afiadas, 
mas há outras que preferem 
viver amordaçadas...

Há palavras que se calam 
quando deviam gritar 
os desgostos que abalam 
quem não sabe amar...

Há palavras que ecoam 
nas catacumbas da saudade 
e outras que magoam 
quando se apregoa a verdade...

Há palavras que morrem 
mesmo antes de nascer 
e outras que socorrem 
quem perdeu a razão de viver... 

Há palavras que amam 
e nos beijam devagar, 
outras que por nós chamam 
quando começamos a sonhar...


Há palavras...



Lud MacMartinson
LMP - Luxemburgo

24.4.08

Mulher de Sonho


























Nos meus devaneios és poema vivo, 
és musa, sereia, fada e cinderela, 
mas também és o porto de abrigo 
e estrela cintilante que sai da tela 

onde pinto os meus estados de alma 
e as ilusões que me ajudam a viver, 
mesmo quando, perdendo a calma, 
sinto desânimo e vontade de morrer 

Nos anseios do desejo és a essência, 
és presa dócil e indomável predadora 
que, me devorando até à demência, 
me faz conhecer o paraíso na hora 

Nesta vida podes ser o tudo e o nada, 
que me apraz possuir quando a solidão, 
me oferece uma rosa e uma espada 
para melhor fazer sangrar o coração 

Mulher dos meus sonhos passaste a ser
no ápice em que me perdi no teu olhar,
Queira destino fazer-te o Sonho de Mulher
que me ensine conjugar o verbo amar......







inspirado por uma " Mulher de Sonho


LUD
MacMartinson

21.4.08

Desejo proibido



















De sedução o meu corpo visto
para melhor poder te seduzir
e de te amar jamais desisto
porque você será o meu exilir

Calar meus desejos não quero
e a sonhar contigo me deleito,
mais que o amigo leal e sincero
é um homem que vejo no leito

Você me fascina e me cativa,
me deixando sem compostura
quando imagino a tua saliva

me lubrificando com ternura,
a fenda irreverente se ativa
para aceitar a doce ditadura


Lud MacMartinson - LMMP
Luxemburgo














18.4.08

Adoro viver simplesmente !


























Adoro viver a vida simplesmente 
e sorrir com o brilho no olhar, 
como se uma estrela cadente 
nele tivesse decidido vir morar !

Adoro correr atrás de uma ilusão 
como quem colhe uma flor 
que, desabrochando no Verão, 
me enche a vida de amor !

Adoro tudo o que dá felicidade 
e ao meu redor espalha alegria, 
para cultivar o amor e a amizade 

que a minha alma pura extasia 
Adoro viver com a intensidade 
como se fosse o meu último dia !




LUD
MacMartinson

14.4.08

Confidências da juventude: Katy !


Katy...


Acabara de chegar ao Luxemburgo, um país frio, mas livre. Deixara para trás o meu perdido nos meandros de uma revolução usurpada, manipulada...

Com o sonho universitário bem vivo, comecei a trabalhar como " garçon ", encontrando pessoas, aperfeiçoando o francês e o inglês, -línguas que estudara no liceu - e ganhando, além do salário, umas gorjetas que as " madames " me deixavam no prato ou me metiam no bolso para me agradecer o sorriso e a gentileza com as acolhia e servia, quando não era pelos minutos passados a escutar os seus desabafos, sempre espiado por um patrão muito ciumento.
Tinha 21 anos, cabelos encaracolados " beau gosse " - belo moço - como dizem as francesas.

Na minha terceira semana de trabalho, meados de Fevereiro de 1976, o patrão decidiu empregar mais uma pessoa para ajudar na cozinha. Eram 10 horas quando entrou uma loira, bem descomplexada, com um sorriso nos lábios! O patrão não precisou de mais: engajou-a logo, pensando que seria mais uma que " comeria " facilmente. Ele, antigo boxista, com os seus 110 quilos pensava impressionar toda a gente.
Ao meio-dia, Katy, assim que se chamava a " demoiselle " já enchia copos, sob os olhares dos serventes, que se apinhavam à sua volta como moscas numa gota de mel.
Adriano, um português poliglota - falava oito línguas - com ares de Che Guevara, ria-se como um perdido e repetia-lhes:
__ Cão que ladra não morde.
No hotel, a par do " Che " , que se encarregava da patroa, apenas um " garçon " se limitava a sorrir, e sempre de bem longe, à Katy: eu, o " estudante ", ou doutor como muitos se apraziam a chamar-me, pois quase sempre conseguia o que queria: mesmo 4 horas para ir jogar futebol ao domingo. Condição que o patrão não me conseguiu recusar, depois de - logo 1º dia - se ter apercebido como eu, sem nunca ter trabalho e com poucos dias de Luxemburgo, tratava os clientes, sobretudo as " meninas " que estudavam no colégio das freiras, mesmo em frente do " wimpy " - Hotel du Luxembourg, na cidade Patton - general americano e herói da 2ª guerra mundial - , nome dado à Ville d'Ettelbruck, a porta das ardenas, donde os americanos lançaram a ofensiva para a " Bataille des Ardennes " que decidiria, na Europa, o último conflito mundial.

Ao 3º dia de trabalho da Katy, eu vi entrar uma criança muito loirinha, um amor de menina, acompanhada por uma senhora. Estava de serviço, fui recebê-las. Inexplicavelmente a loirinha agarrou-se a mim e quase me beijou. Sentei-a numa almofada e preparei-me para anotar a encomenda. Pelo espelho lateral, apercebi-me que Katy lhes sorriu e acenou discretamente.
Fui encomendar os sumos e aguardei que ela preparasse as bebidas. Os seios dela quase saltavam do sutiã: que tentação! Logo comecei a sentir um tesão, bom, ainda bem que o casaco branco me dava quase pelo joelho...
Ao pegar nos copos murmurei:
__ Não me importava de ter uma filha como aquela loirinha!
__ Sério?
__ Quem não gostaria?! Até tu, Katy!
__ Eu?!
__ Sim, não me digas que não gostas de crianças? Pelo pouco que já vi e entendi, eu sei que vós, os luxemburgueses, gostais mais de cães do que de bébés...
__ Vá, leva os copos aos clientes!!!
Ao virar-me vi que a criança sorria e acenava na minha direcção!
Dois minutos depois, Katy veio beijá-la: era a filha dela!

Os dias passaram-se, e os rapazes não a largavam! Só faltava beijar-lhe os pés: para eles, Katy era uma deusa! Adriano, psicólogo ria-se e empiscava-me. Quando queríamos que os outros não entendessem nada, falávamos em inglês. O " Che " era um ser excepcional, apesar de ser " camarada " e eu lhes andar com " ganas " - pois temia o pior pelo meu futuro, um pressentimento que se revelou certeiro anos mais tarde - nós entendíamos maravilhosamente, não pelo facto de ambos sermos ou termos sido estudantes, mas porque tínhamos e respeitávamos os valores da amizade.

Na véspera de carnaval, decidi passar ao ataque com uma frase em luxemburguês, que o Adriano me ensinara na véspera.
__ Podes traduzir-me uma frase, Katy?
__ Claro, diz!
__ Wells du mat mia Puppen?
__ Estás a falar a sério?
__ Sim, porquê, o que quer dizer, Katy?
__ Queres fazer amor comigo ?!
__ Mas... estás a traduzir ou a fazer uma pergunta?
__ Ambas !!!
Não respondi! Surpreendi-a com um beijo na boca que a deixou sem fôlego e fez do seu sorriso um arco-íris!

Na madrugada de Carnaval, depois de mais de 10 horas de trabalho, Katy convidou todo o mundo para ir o quarto dela descontrair um pouco. Falámos de tudo e de nada e rimos como malucos.
Descontraida e alegre, Katy não se protegia e os rapazes podiam cobiçar-lhe as coxas, os seios, ver-lhe quase o slip, enfim, presa fácil. Ui que tentação!
Que não dariam eles para ficar com a bela?

Às 5 da manhã, Katy teve que mandar todo o mundo embora, pois às 10 havia que começar as pôr as mesas. Num segundo os nossos olhares disseram tudo, mas eu fingi que não tinha entendido nada e fiquei para último. Ao atravessar a soleira da porta, senti a mão de Katy agarrar a minha, enquanto acenava aos outros, que desapareciam desconfiados no corredor.
Depois, foi fechar rapidamente a porta à chave e cair abraçados na cama para saciar a fome que o desejo que aqueles dias de espera tinham acumulado nos nossos corpos endiabrados...

Dois dias depois, o patrão, informado do ocorrido por um invejoso, quis obter os favores de Katy, que se casaria pela 2ª vez quinze dias mais tarde.
Rejeitado, o cobarde telefonou ao noivo a avisá-lo do sucedido e na hora Katy lhe exigiu que lhe pagasse o que lhe devia, não trabalhando nem mais um segundo para tal " buçal ". Eu fiquei constragido, mas ela, sorrindo orgulhosa, disse:
__ Ne t'en fais pas, Louis! ( Não te preocupes, Luís! )

Nessa noite, dormimos no Hotel Herckmans, onde trabalhavam 3 portuguesas que sorriram ao entregar-me a chave do quarto...

Katy jurou-me que desistiria do casamento se quisesse ir viver com ela. Mas não, o meu desejo não conseguiu derrubar as barreiras e as convenções sociais.
Ao deixá-la insistiu para que fosse ao casamento dela para me oferecer a noite de núpcias, pois o marido - depois de uns copos de cerveja e de champanhe, dormiria como uma pedra.
Claro que não aceitei, mas fui visitá-la meses depois ao hotel onde ela trabalha, na Alemanha, do outro lado do rio Sûre.

Depois, só a voltei cruzá-la mais uma vez! Tinham passado 2 anos, estava à boleia quando senti um carro travar nas minhas costas.
__ Entra, Luís !
__ Olá, Katy! Tudo bem?
__ Mais ou menos...
A viagem demorou 10 minutos, silenciosos, contemptivos.

Durante o trajecto pensei no romance que poderia ter escrito com ela, mas Katy não me estava destinada... Ela teria direito apenas a umas linhas no livro da minha vida!
Até hoje, e já lá vão 32 anos, nunca mais nos cruzámos...


Lud MacMartinson - LMMP - Luxemburgo

13.4.08

Conto erótico: Serge & Karen !




























Oi...
este é um conto erótico " HotX" !

Se for demasiado sensível ou puritano, preserve-se, pois pode entrar em combustão acelerada ou morrer alagada num desejo profano... mas,se mesmo assim, quiser chegar ao fim, opine livremente!


Mundos recônditos:
Karen & Serge


Sexta-feira chegara de surpresa. Atarefado como andava, Serge mal tivera tempo para o amor naquela semana. Ele, que gostava tanto de solidão, decidira ir a uma discoteca para descomprimir e satisfazer o seu instinto caçador : conquistador nato, Serge era um sagitário apaixonado, insaciável e impaciente.

A noite descia sobre a baía !
O pôr-do-sol fascinou-o. Um clarão vermelho vindo dos lados do poente, fê-lo mudar de direcção.
Eufórico, fez rodopiar o seu Bora Sport no asfalto, seguiu rua abaixo e, decorridos uns quatrocentos metros a meio gás, foi estacionar a viatura no único lugar sombrio, meio encoberto pelas falésias. Antes de sair, abriu o espaço do acende-cigarros e tirou uma amostra de aramis, um perfume muito inebriante, que a filha lhe trouxera da perfumaria onde fizera o estágio, espalhando-o apressadamente por onde pôde. Olhando-se ao espelho, para alisar os raros cabelos do seu crâneo pensador,viu que ainda tinha a gravata de serviço. Tirou-a à pressa e colocou-a no banco do lado.

Fora do carro, espreguiçou-se e, respirando fundo, olhou o horizonte rubro. Sem saber porquê, esboçou um sorriso e falou para com os seus botões, confiante:
« Hoje vais tirar a barriga de misérias, meu menino! »

As gaivotas pipilavam ainda ! Quase não lhes deu ouvidos, ele que adorava tanto falar com elas e saber o porquê daqueles gritos de carpideiras com que elas gratificavam a sua alma solitária.

Depois de uns dez minutos de mística contemplação, em se perdeu inadvertidamente, Serge espevitou os neurónios e deu uma corridinha até à « Buterfly a discoteca onde decidira passar umas horas, se o ambiente não o deseperasse.

Na porta da discoteca, pegou em dez euros e entregou-os ao porteiro, deixando o troco como gorjeta. No interior, havia ainda poucas pessoas. Decidiu olhar os quatro quantos da caverna, espreitando discretamente aqui e ali com aquele olhar de lince que o caracterizava.
Nada retendo a sua atenção, voltou para o bar e pediu um Swepps Bitter Lemmon, uma das suas bebidas preferidas, já que em alcool raramente tocava.

Inconfortável no banco, pegou no copo e foi sentar-se num recanto discreto, donde podia controlar quem chegava. Como nada o despertasse, deixou-se embalar pelos « feelings » a canção que o DJ acabava de pôr no ar e, pegando no cartão onde pousara o copo, começou a gatafunhar.
Absorvido em endofasia com a musa, e nem viu o tempo passar. Quando veio a si, deu com os olhos numa « lady » e sorriu instintivamente, sem saber porquê. E, para seu espanto, viu a belade devolver-lhe o seu sorriso com um briozinho nos olhos.
Que soriso mais lindo, santo Deus !
« Hum, a noite promete ! » repetiu mentalmente.
Karen, a estranha, há muito que observava o homem distraído.
« O que estará a pensar aquela cabecinha ? Que estará ele a escrever naquele pedaço de cartão ? –perguntava-se, intrigada, curiosa.
Karen era uma excibionista, o tipo de mulher-furacão que adorava criar conflitos.

Tentadora, aproximou-se do solitário e apresentou-se :
— Olá ! Boa noite ! Eu sou Karen e gostaria de acabar com a sua solidão. – disse ela, sem rodeios.
Ele corou ligeiramente e, sorrindo, respondeu :
— Olá, Karen ! Eu sou o Serge ! Obviamente que o prazer será todo meu, se tão encantadora lady se dignar fazer-me companhia por algumas horas. Quanto à solidão não creio que ela possa acabar assim tão depressa…

Karen foi surpreendida: aquela voz suave seduzia-a.
Sentido a bela vacilar, Serge pensou para com os seus botões « a noite promete ! »
O empregado aproximou-se e Serge pediu champanhe, para principar a noite.
Karen estava deslumbrante com o seu vestido vermelho que lhe marca as formas do corpo. Serge começava a pensar que gostaria de lhe tirar aquele vestido o mais rápido possivel. O seu olhar felino era um autêntico raio X.
Mulher que ousasse afrontrá-lo teria que ser exibicionista, streapper ou muito louca. Entretanto sentiu qualquer coisa na perna, como se fosse um bicharoco : era o pé da Karen que subia e descia, roçando na perna dele. Serge baixou instintivamente a mão entre as pernas para acalmar a tumescência irreverente e sorriu de soslaio, mas a amazona aparou-lhe o sorriso à flor da mesa e suspirou baixinho.
Karen conhecia muito bem os efeitos devastadores do seu poder de sedução sobre os homens e sentia um prazer megalómano em sustentar este jogo com os machos, para lhes dizer que, afinal, quem mandava era ela, pelo menos enquanto as suas taras e manias não fossem saciadas plenamente. Depois a história até poderia ser outra e, de deusa e rainha, Karen viraria escrava, se ele soubesse domá-la do jeito que ela tanto queria.
" Seria ele capaz ? " – perguntava-se Karen, curiosa e terrivelmente excitada.

Retomando a pose, Serge estendeu a mão esquerda sobre a mesa como que a perdir que lha pregasse. Ele queria ser a presa fácil para domar a predadora.
Karen viu o movimento, mas fez-se despercebida, preferindo continuar a sua viagem exploradora até à virilidade do seu cavaleiro. Aproveitando uma distracção deste, ela desabotuou os dois últimos botões do vestido, para se sentir mais fresca, pois o ambiente torna-se cada vez mais tórrido e ensurdecedor.

Entretanto, servidos pelo barman, eles ergueram os copos, sorriram e tocando-nos num jeito subtil, murmuram instintivamente, em uníssono :
— À nossa !
A coincidência fê-los soltar uma barbalhada. Descontraidos por sorriso cúmplice, até o champanhe teve outro sabor. Olhando-se de fugida para esconderem a atracção e o fascínio mútuo, em perfeita sintonia, eles tinham a impressão de já se conhecerem há uma eternidade.
__ Você lê os pensamentos, Serge? – inquiriu Karen, ligeiramente corada.
— Não, que eu saiba ! Mas porque me pergunta isso, Karen .
— Evidência e 6º sentido, meu caro!
— Ah! Isso poderia dizer eu de si, madame ! Até porque, que eu saiba, só as mulheres possuem esse 6º sentido. – arguiu ele, jovial, mordendo ligeiramente a língua em desafio.
— A modéstia é uma grande virtude e muito rara nos tempos que correm, Serge !
— Que eu adoraria possuir, Karen !
— Pois…, estou a ver…
— Está a ver que está diante de um egoísta, não é ?
— Provavelmente… Desculpe, não quis dizer isso ! Sinceramente, no penso que você seja assim tão egoísta, mas se você o reconhece, já não é nada mau ! – adiantou Karen, tentando disfarçar a pertutbação que começava a sentir.
— Pois… que fazer ?! Ninguém é perfeito ! – anuiu ele, naturalmente.

A lady corou, pensando para com ela: “ sedutor, persipcaz, humilde… Nada mau para um homem só! Ou será jogo dele ? Não, ele não é do tipo jogador de poker ! Não, eu conheço muito bem os homens : não é no bluff que este ganha o jogo ! »
Algo parecia estar a acontecer com a amazona…

Karen depressa se recompôs e, metendo o dedo no copo do champanhe, levou o dedo entre a pernas sem tirar tirar os olhos de Serge, para lhe dizer que quem mandava era. Ele pensou:
« É mesmo atrevida! Não sabe o que a espera. »
Para ele, não havia tabus e na cama tudo valia, menos tirar olhos.

Karen desejou dançar aquela musica, aquele slow que tocava no momento feelings. Bastou um olhar mais profundo e ei-los que se dão as mãos e partem agarrar-se na pista de dança.
Extasiados nos braços um do outro e, embalados pelo melodia daquela musica divinal, perderam a noção do tempo e do espaço, esquecendo-se completamente do sítio onde estavam.

Submersa por um súbito fluxo de tesão, Karen deitou a cabeça sobre o ombro de Serge, colando-se-lhe completamente no corpo como uma lesma sedenta. Ele, pressentindo os desejos da fêmea no cío, fez questão de marcar o terreno e lhe encaixar entre as pernas o membro dele completamente erecto.
Karen não resistiu e foi cedendo aos impulsos furiosos do pénis irrerente que lhe pôs rapidamente a vulva em delicioso pranto.

Sabendo-se dono de todo o tempo da mundo, Serge foi tacteando a presa de de alto a baixo, ora lhe passando a mão pelos flancos, ora lhe fazendo sentir os seus dedos colados entre as espáduas, onde a deusa fizera tatuar uma borboleta !
Aninhando a cabeça no peito do seu cavaleiro, Karen deixou-se seduzir e deleitar pelo delicioso perfume, que parecia sair como o vapor de um vulcão por entre os pêlos do torax viril.
Sentindo a música terminar, Karen sugeriu baixinho :
— E se fôssemos apanhar, Serge?
— Boa ideia, Karen ! Realmente aqui está muito calor!
— Okay, vamos!
E, dando-se as mãos, sairam apressadamente da discoteca.
— Vamos até à praia ? perguntou Karen !
— Porque não? Vamos !
Partiram no no carro da Karen a toda a velocidade.
— Vai mais devagar, por favor ! – implorou ele, receoso.

Serge ainda entusiasmado, aproxima-se dela e,devagarinho,começa por meter os dedos esguios e suaves entre as pernas de Karen, que logo dá um jeito para se sentir mais confortavél. Decidido, o explorador continua a viagem pelas coxas e puxa a calcinha para o lado, conseguindo penetrar naquela mata a gotejar libido, como gotas de orvalho matinal, quando o sol as faz derreter e caem ao chão.
Segurando o volante e olhando em frente, Karen fazia sepentear o corpo ao sabor da paixão que Serge despertava nela. Porém o tesão foi mais forte, avassalador e obrigou-a a encostar o carro à berma, não fosse perder as estribeiras e despistar-se. Sentindo-a desvairada, Serge diz-lhe :
— Quero comer-te,Karen, posso ?
A resposta foi óbvia, explícita :
— Devora-me ! – disse langorosa,mordendo a língua e fazendo um trejeiro deveras provocante.
Faminta, deitou-se no carro sem tirar o vestido e abriu bem as pernas.
Obcecado pelas coxas luzidias, Serge derreou-se e foi descendo até encontrar algo que lhe pareceu uma cereja vermelha e rija, mas muito suculenta . Esfomeado trincou-a e saboreou-a com uma vontade de leão, enquano ela o gratifica com suspiros, uivos e gritos selvagens, que a incomodidade e a exposição do lugar lhe permitem saciar sem rodeios.

Dando de olhos ao seu domador, Karen recompôe-se e partiu na direção da praia. Serge olhou-a de soslaio e, pensando tratar-se de uma manobra de diversão da irreverente, pensou:
« Hoje, serás minha, custe o que custar ! »
Durante o precurso, o macho, sentindo-se o seu orgulho ferido, ficou meio amuado e silencioso. Maliciosa, Karen decide animá-lo e, segurando o volante com a mão esquerda, colocou-lhe a direito entre as pernas para sentir o tesão daquele pau erecto ! E quanto mais o acaricia, mais ele parecia debater-se contra o tecidoque o mantinho prisioneiro.

Serge contorcia-se, deixa,do-se apalpar.
Mal estacionou o carro, Karen não resistiu mais à tentação e, correndo o fecho das calças, libertou aquele pénis gostoso, que lhe encheu a mão e lhe fez arregalar olhos. E, baixando-se, pressionou-o para que a glande rosada a deixasse estonteada e de cabeça perdida. Depois de a lamber e puxar vertiginosamente, ela engoliu-a bem fundo, ameaçando comê-la de uma só vez.
Serge assustou-se, mas resistiu para não dar parte de fraco e ajudou-a, pressionando-lhe a cabeça para que ela o comesse à vontade.
Ela não resistiu e, chupando-o violentamente como uma esfomeada, fê-lo perder o tino e explodir torrencialmente.

Aquilo parecia um sorvete de creme a jorrar para dentro da boca da Karen, que o saboreava com toda a pericia da fêmea acostumada a tal alimento. Esvaziado e espremido até à última gota, foram até à beira mar. A noite de lua cheia estava amena. Depois de se despirem mutuamente com a fúria selvagem de animais no cío, entraram dentro da água. Molhados, felizes, navegaram dentro do abismo do jogo da sedução mais uma vez.

Serge pediu a Karen que lhe mostrasse se era tão boa amazona como parecia. Ela não se faz rogada e, abrindo com os dentes o preservativo que ele tirara do bolso das calças e guardara discretamente na mão, baixou-se para lho colocar. Depois saltou para em cima dele, enterrando aquele pau todo na vagina encharcada e em lamúrios ululantes. Ora cavalgando ora troteando sem parar, ela virou-se ao contrário, de lado, de frente, de todas as maneiras possíveis e imagináveis, sempre a subir e a descer na estaca do prazer. Serge ficou louco com tamanho tesão e, vendo os seios balançar, agarrou-os e chupou-os freneticamente, enquanto ela se consolava furiosamente, enterrando aquele maravilhoso apêndice na vulva delirante.

Agraciado e deleitado com aquela enxurrada de ondas deleitosas que emanavam do seu pénis indómito e, propagando-se pelo corpo lhe electrizavam a alma, ele ia descobrindo uma resistência até alí nunca suspeitada. Num ápice, ainda pensou se ela não o teria drogado, mas, revendo mentalmente aquela noite e a cena do champanhe, não se lembrou de nenhum gesto ou trejeito suspeito.
Prisioneira da febre viril, que ora a lhe chupava os mamilos e a mordiscava onde podia e ora lhe cravava as mãos nas ancas para imprimir mais força ao vaivém, Karen ia-se derretendo e esvaziando a fonte genital em jorros orgásmicos que se misturavam com o suor másculo. Para enlouquecer e ritmar ainda mais aquela sinfonia irracional, a ninfa ia soltando uivos e gemidos de loba que mal chegavam a ecoar, tamanha era a pressão que ela exercia sobre os lábios lambuzados pelos beijos molhados que haviam trocado durante a noite.

Satisfeita e, apercebendo-se que, por mais que malhasse não conseguiria que ele se esvaziasse novamente , ela beijou-o demoramente e cochichou :
— Nada mau para começar ! Tchut, não digas nada ! Adorei !
Serge sorriu e, liberto, ergueu-se, correndo a enfiar-se nas ondas, para limpar aquele suor peganhoso e o odor que a femea lhe colara e incrustara no corpo.
Previdente e atenta ao menor detalhe, Karen recebeu-o com uma toalha e ajudou-o a secar-se, estendendo-lhe em seguida as cuecas e as calças, que ele vestiu rapidamente.
Pouco depois já desapareciam na noite rumo ao hotel onde Karen costumava acabar os seus rituais.

Entrando pelas traseiras, subiram discretamente à suite 222, que ela reservara para aquela fim-de-semana. Serge limitou-se a seguí-la como bom escravo que ela pensava que ele era.

No elevador, mal se olharam, como se ambos estudassem uma estratégica. Abrindo a porta do quarto e acendendo as luzes laterais, Karen foi-se despindo e deixando as peças de roupa espalhadas pelo chão até ao quarto de banho.
Serge fez vista grossa à desleixada e foi admirar a orla costeira, contra a qual as ondas se vinham fracassar.
— Então, meu coco doce, é para hoje ou para amanhã ? – inquiriu ela, batuchando na espuma da banheira.
— Oi, desculpa, Karen, mas quando o olho o mar, nem vejo tempo passar ! – arguiu ele, jovial.
— Deixa-te de lirismos e vem logo, ai que fome !
Serge não lhe respondeu. Respirando fundo, fechou a porta do balcão e despiu-se perto do guarda-fatos para deixar a roupa pendurada e arrumadinha. E, espreitando sorrateiramente para o quarto de banho, deparou com a bela de olhos fechados a deleitar-se na espuma que ora passava nos braços, nos seios e nas pernas, ora fazia voar com um sopro.

Ele, tal bailarino, colou-se-lhe por trás e, enfiando lentamente os dedos esguios na água, agarrou-lhe os seios e começou a lamber-lhe as orelhas e o pescoço, fazendo-a arrepiar-se e contorcer-se. Mantendo-a inerte, Serge prosseguiu a viagem langorosa até aos lábios para que as suas línguas se limassem e se apostrofassem, antes de iniciar um bailado obscuro, mas reluzente de desejo nas suas bocas.
E a tumescência fê-los enroscar-se loucamente na banheira onde se massagaram, lamberam, chuparam e mordiscaram freneticamente como dois lobos esfomeados, fazendo os seus corpos perder as estribeiras a morrer de tesão. Apesar do cío da volúvel, ele não deixou que ela lhe enfiasse o pénis erecto na vulva ululante e fugiu para o quarto, fazendo-lhe uma careta, mostrando-lhe o mendinho e segregando irónico:
— Vai apanhar no cú !
Karen ficou fula e correu atrás dele, salpicando o quarto banho de água e deixando as suas pegadas por onde passava. Serge mal teve tempo de sentir o empurrão furioso a estatelá-lo sobre e edredon, onde se debateram como leões, ora mordendo-se ora beijando-se como loucos por onde calhava.
Foi então que ele decidiu usar a força e, aproveitando um balanço da fera, fê-la rodopiar e ficar de barriga, de nadegas bem empinadas para o ar.
— Pst ! Fica tranquíla, bichona assanhada ! – ordenou ele, peremptório, dando-lhe duas palmadinhas na bunda.
— Ai que bom ! Hum, mais forte, isso fustiga e come essa bichona esfomeada, isso ! – apoiou ela, contercendo e metendo o dedo na boca.

Serge, saltou para cima dela e, retendo-a entre os joelhos, começou a fazer-lhe massagens ao longo da coluna vertebral e nas espáduas, enquanto lhe lambia e mordia as orelhas e o pescoço. Depois, aos poucos foi recuando e beijando e lambendo-lhe os flancos e as ancas até chegar perto da fenda vaginal, que abriu com os dedos e começou a beijar, lamber e mordiscar, para deleite da presa.
— Ai que bom ! Isso, chupa-me o grelo ! Ai que gostoso! Ai ! Ui que gozo ! Isso, continua, isso, lambe-me toda, isso ! Podes ir até ao cuzinho… Hum que sensação! Isso, assim, ai… Ui… - exclamava ela, contorcendo-se de prazer e tentando agarrar o pénis, que ele ia entesando com a mão.
Depois de a lamber e de a chupar, ele foi-lhe introduzindo os dedos, um após outro na greta, fazendo-a vir-se em jorros deleitosos que se espalharam pelo edredon. Cego, Serge fê-la virar-se, de modo a ficar em 69, para que ela lhe chupasse o pau furibundo. E durante mais de 5 minutos, eles não se cansaram dessa posição, até que Karen, parou para ir buscar um lubrificante parecido com vaselina e lho estendeu langorosamente, indo em seguida meter-se-lhe à frente, de gatas, com o cú bem empinado, para que ele a possuísse por detrás.

Serge, percebendo-lhe os desejos, pegou na pomada e, depois lhe untar a entrada fecal, introduziu-lhe o dedo no anus, sem que ela soltasse o menor gemido. Foi então que, sentindo-a pronta, ele enfiou rapidamente a capota e lhe abeirou o penis da vulva para que ela o segurasse, não fosse enganar-se de buraco.

Sentindo-se bem colado e pronto para o ataque, ele começou a penetrá-la, desferindo-lhe estocadas tão profundas que a faziam gemer e abrir a boca, mantendo um dedo no anus para o golpe fatal, quando sentisse o ponto de não retorno quase eminente.
De repente, sentindo-a decontrolada, Serge deu-lhe duas palmadelas mais fortes e enfiou-lhe duma vez e bem até ao fundo o pénis no cú, fazendo-a uivar deseperadamente de raiva e de prazer :
— Ai… Ai… Isso, fode, arrebenta-me seu cabrão ! Ai que caralho. Ui que bom !
Serge, compenetrado a segurar os quadris por debaixo, mal a ouvia.
Foi quando, sentindo-o acelerar o rítimo e pressentindo a explosão eminente,Karen suplicou :
— Não botes essa porra toda aí, ouviste ? Por favor, deixa-me beber um pouco desse leite gostoso!
— Logo há mais...ai... ai…que gostoso…ai… - gritou ele, retirando o pénis do anus e libertando-se para que ela lhe oferecesse os seios.
Foi então que puxando o preservativo, ele a regou de sémen e lhe ofereceu o pau para que ela o enfiasse na garganta e lho chupasse até à última gota.

Depois, agarrando-se e colando-se, beijaram-se e sorriram aliviados,antes de irem recuperar forças, comendo os hotdogs e bebendo o champanhe com o sorvete que estava no frigorífico.
Saciados, Serge não resistiu e foi passar mais uma água e um champu pelo corpo para se sentir mais fresco e limpo para o que desse e viesse, pois o previsível incêndio da madrugada ameaçava reacender-lhe o fogo da paixão e consumi-lo novamente. Quando Karen decidiu imitá-lo, já ele secava a cabeça.

Durante uma hora quase não se falaram, deixando seus olhares e suas mãos perderem-se pelas margens dos seus corpos em paisagem natural. Sorrisos e carícias ligeiras pautavam aquele magnético, mas relaxante romance sem palavras. Das suas identidades, origens e afazeres profissionais nunca falaram, preferindo pautar aquele jogo sedutor pelo mistério, como dois estranhos que eram e continuariam a ser depois daquela noite de prazer…

Karen e Serge despediram-se à porta do hotel jà nascia o dia. Não marcaram encontro, mas no fundo ambos desejavam ardentemente que novo caso voltasse a acontecer... "

Mundos Recônditos
NB: este conto foi sugerido e escrito em colaboração com alguém que, presumo, não se importaria e ser Karen por uma noite... )
Simplesmente seu...

Lud MacMartinson / LMMP /LMP, Luxemburgo, 2005

DáDIVA de Amor
























Cada dia eu me convenço mais
Que o amor não é desperdício,
Mesmo quando as paixões fatais
Do corpo se tornam um vício.

Queria tanto conhecer a loucura
Que da vida é a razão de ser
Para acabar de vez com a agrura
Que, vivendo, me faz morrer.

Agora, acredito muito mais ainda
No amor puro e na amizade
Que dissipa a saudade infinda
Quando ela assombra a felicidade.

Hoje já não sei para onde vou
E muito menos o que fazer
Ele o meu coração conquistou,

fazendo renascer a alegria de viver,
E, porque o meu amor lhe dou,
lhe peço que o venha colher


LUD
MacMartinson